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Uesb promove intercâmbio de saberes com instituições internacionais

Texto e imagens: Ascom UESB

Saberes do conhecimento, da pedagogia e da experiência são pilares que envolvem o ensino. O saber também pode ser encontrado na troca, na observação e no empirismo.

Na religião, filosofia e ciência. Entender esse universo, dentro de uma Universidade, também perpassa em ultrapassar as fronteiras geográficas.

A troca de experiência e de conhecimento científico entre países contribuem com avanços tecnológicos de uma região, de um estado e de um país.

Dessa forma, umas das ferramentas para esses avanços é a internacionalização de uma universidade, fortalecendo o ensino, a pesquisa, a extensão e a gestão institucional.

Na Uesb, estratégias vêm sendo traçadas para esse processo. Em 2019, foi criada a Assessoria de Relações Internacionais (Arint), com a missão de articular parcerias nacionais e internacionais entre instituições e países. Em 2022, o compromisso político-pedagógico da Universidade se fortaleceu com a Resolução sobre a Política de Internacionalização da Universidade.

Em 2023, Uesb realizou Missão Internacional de Trabalho de Moçambique

De acordo com o atual assessor da Arint, professor Jackson Reis, a internacionalização é um processo necessário para atender às exigências da sociedade mundial. Além disso, promove a visibilidade institucional, qualifica as atividades e aumenta as oportunidades de formação técnico-científica e artístico-cultural.

Segundo Jackson, o propósito é assegurar uma justiça social e acesso aos bens culturais, científicos e tecnológicos produzidos nas sociedades. “Não temos dúvida de que os desafios são diversos. Contudo, podemos ratificar que estamos, nos últimos anos, adotando medidas e caminhos promissores para tornar nossa instituição referência em diversas áreas de conhecimento”, pontua.

As atuais metas propostas pela Arint visam consolidar a internacionalização em todos os Programas de Pós-Graduação, criar um Comitê de Internacionalização da Uesb e um programa próprio de Mobilidade na Graduação, bem como realizar Missões Internacionais. Ainda prevê a criação do Núcleo de Línguas e Culturas Estrangeiras, o incentivo à publicação de pesquisas científicas em línguas estrangeiras, a realização de Seminários sobre Internacionalização articulados às diferentes línguas, povos e nações constituidoras de nossas ancestralidades, e a promoção de ações sobre estudos migratórios.

Alex Timothee (ao fundo) e Julien Hermann são do Haiti e fazem intercâmbio na Uesb

Até o momento, a Uesb possui convênio com 13 instituições e cinco países (Portugal, Espanha, Estados Unidos, Argentina e Colômbia).  Anualmente, são lançados editais de intercâmbio estudantil que possibilitam tanto os estudantes da Universidade continuar suas pesquisas em outros países quanto alunos de instituições parceiras virem estudar na Uesb.

É o caso de Alex Timothee, do Haiti, que, atualmente, estuda no Doutorado em Agronomia da Uesb. Há sete anos no Brasil, o haitiano realiza pesquisas na área de Georreferenciamento. Entrou na Instituição via seleção de mobilidade acadêmica, por meio do Edital Coimbra, lançado em 2002.

De acordo com o doutorando, muitos pesquisadores do Haiti dão continuidade aos estudos em países da Europa, como França e Bélgica, que possuem uma diferença muito grande nas características climáticas com o Haiti. “Como tivemos essa oportunidade de estudar num país onde o clima é semelhante, podemos agora aplicar na minha região os conhecimentos adquiridos aqui”, explica.

Laize Vieira foi até o Canadá fazer parte do seu Doutorado em Zootecnia

O movimento contrário também ocorre na Uesb. Laize Vieira, estudante do Doutorado em Zootecnia, realizou, em 2018, parte do seu estudo no Centro de Pesquisa Agriculture and Agri-food Canadá, que apoia o setor agrícola do país por meio da inovação. Laize desenvolveu uma tecnologia voltada para a nutrição animal. Por meio de um aparelho denominado Rusitec (Rumen Simulation Technique), foram testadas diferentes dietas para animais em laboratório. Com os testes, esses mesmos alimentos podem ser utilizados nos animais em campo. Aqui no Brasil, esse aparelho existe em poucas universidades no país e, por meio do trabalho, o produtor terá acesso a uma variedade de alimentos.

De acordo com a pesquisadora, além da questão alimentar, o estudo é viável pelas questões ambientais e econômicas. “Essas novas fontes alimentares são capazes de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, feitos, geralmente, pelos ruminantes, e melhoram o aproveitamento dos alimentos pelo animal, reduzindo custo para o produtor”, comenta.

Desde 2010, somam-se 31 estudantes de nacionalidades estrangeiras, matriculados em diferentes cursos de graduação e de pós-graduação da Uesb. Já os alunos da Universidade que ultrapassaram as fronteiras para contribuir com avanços para sua região totalizam 63, desde 2013. Desses, quase metade foram estudar com recursos oriundos da própria Instituição ou por meio de outros convênios.