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A majestade do perdão

Por G. C. Britto (engo civil e sanitarista) gutembergcbritto@gmail.com

O perdão é uma das grandes manifestações do amor. É um dos pilares quesustentam a humanidade. Sou materialista por pura convicção. Na escolha deste tema não me embasei em nenhum fundamento de origem religioso. Talvez, tenha herdado apenas influência. Acredito tão somente no Deus e no Diabo que nos habitam, como representação do amor e do ódio e do bem e do mal, autênticas categorias dialéticas. Contento-me, em vista disso, em admitir dois simples mandamentos: amar a si próprio acima de tudo e, ao próximo, como a si mesmo. O resto é complemento inútil.

Todas as Igrejas de que temos conhecimento comercializam Deus, qualquer que seja o seu nome, como uma mercadoria qualquer. Os objetivos são sempre os mesmos: subjugar os pobres de espírito e enriquece-las com o dinheiro deles. Estamos as importando aos montes, desde que a influência dos EUA, aqui, no Brasil, recrudesceu. Sempre estiveram a serviço das classes dominantes, desde a origem dos tempos. Enxergo-as como praticantes de delitos, enganando os seus afiliados e discriminando os adeptos de outras concorrentes. Será que o desleixo dos sucessivos governos com a educação pública não está relacionado com a preparação do povopara absorverfundamentalismos  religiosos? Os seres humanos não precisam das Igrejas para cultuar crença em Deus, pois se trata de um ato de foro íntimo e subjetivo.

Ninguém necessita ser filiado à Igreja alguma para saber praticar o perdão. Este tem como fundamentoo reconhecimento da falibilidade humana. O perdão é um ato de amor, pois é uma reconciliaçãoentre perdoador e perdoado. É a reformulação da paz, tão indispensável à convivência dos seres humanos. É o reconhecimento da igualdade entre seres humanos. Os grandesempecilhospara a prática do perdão são, sobretudo, o orgulho e a vaidade.