A respeito da fé
“Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que se torne galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). Portanto, se você se aproxima de Deus por uma questão de hábito, para manter a aparência de religioso, você está perdendo tempo.
Você não é obrigado a viver e morrer sem fé. Com a graça de Deus e algumas poucas providências de sua parte, você deixará de ser descrente, incrédulo, semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento, sem direção nem estabilidade. Há cura para a incredulidade, para a aparente incapacidade de crer.
A fé consiste em acreditar em Deus como Ele é: espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade. Acreditar e também confiar. Sem questionar, sem duvidar, sem desconfiar, sem exigir provas, sem demonstrações espetaculares, sem informações retiradas de computadores.
O homem é crédulo por natureza. Mas ele deixa de colocar esta capacidade nata de crer no objeto máximo de sua fé, que é Deus. Como resultado, ele distribui este potencial de fé em coisas visíveis, fisicamente próximas, percebíveis pelos sentidos. Ele se deixa levar pela aparência, pela propaganda.
Por esta razão, você se desvia da Fonte de todo o bem e entrega a sua confiança a coisas e a homens, não obstante as decepções anteriores. Daí, o sem número de ídolos, de super-homens, de ideologias. Provavelmente sem saber, você põe a esperança que só Deus pode dar nos deuses da imaginação humana.
Você precisa de conversão, no sentido de passar dos ídolos para o Deus vivo e verdadeiramente (1Ts 1.9). Esteja pronto para esta transformação. Deixe-se influenciar pelo seu Espírito. Siga cuidadosamente a luz que for recebendo. Leia e ouça as Sagradas Escrituras, pois “a fé vem pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Cristo” (Rm 10.17).
Texto originalmente publicado na edição de junho de 1979 de Ultimato, na seção “Quadro de avisos”.