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Agentes de saúde combatem o Aedes aegypti

Ministério da Saúde reforça importância das visitas domiciliares

Mais de 7,4 milhões de visitas às residências foram registradas até hoje sexta 22. Agentes de saúde e militares estão mobilizados para eliminar criadouros do Aedes aegypti e orientar a população sobre as medidas de prevenção contra o mosquito.

O Ministério da Saúde alerta para a necessidade de que os municípios reforcem as visitas domiciliares dos agentes de saúde e dos militares das Forças Armadas para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e do Zika. Até a ultima sexta-feira, 7,4 milhões de visitas para eliminação dos criadouros do mosquito e orientação sobre aos cuidados de prevenção foram registradas no Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR). Esse número representa 15,2% dos 49,2 milhões domicílios urbanos, de acordo com o primeiro balanço da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) para combate ao Aedes aegypti e enfrentamento à microcefalia.

O secretário-executivo substituto do Ministério da Saúde, Neilton Oliveira, explicou que o governo federal está trabalhando de forma articulada, com o envolvimento de diversos setores, para o enfrentamento ao Aedes. Ele destacou, ainda, a importância de esclarecer a população sobre a necessidade permanente do combate ao mosquito. “Nessas visitas, identificamos 3% dos imóveis com focos do mosquito. A meta é reduzirmos esse índice de infestação para menos de 1% em todos os municípios brasileiros. Isso demonstra que não seremos vitoriosos se não informarmos claramente à população e mobilizarmos a sociedade para eliminar o Aedes. A prioridade é não deixar que ele nasça”, alerta Oliveira.

A melhor forma de combater o Aedes aegypti é não deixar o mosquito nascer. Por isso, o governo federal convocou um esforço nacional para que todas as casas do país sejam visitadas para eliminação dos criadouros. As visitas domiciliares são essenciais para o combate ao vetor. No contato constante com a população, os agentes de saúde desenvolvem ações com os moradores, relativas aos cuidados permanentes para evitar depósitos de água nas residências. Desde dezembro, os 266 mil agentes comunitários de saúde reforçam o combate ao Aedes aegypti nas residências. Eles se juntaram aos 46 mil agentes de combate às endemias que já realizam o serviço junto à comunidade. Além disso, 1.837 militares das forças armadas estão reforçando, em 14 estados, as ações de eliminação dos focos do mosquito da dengue.

SALA DE SITUAÇÃO- O Governo Federal instalou a Sala Nacional de Coordenação e Controle do Aedes aegypti e para o Enfrentamento à Microcefalia para gerenciar e monitorar a intensificação das ações de mobilização e combate ao mosquito. A sala faz parte do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, em resposta à declaração Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.

A estratégia do governo federal é intensificar a mobilização nos diversos setores da sociedade. Coordenada pelo Ministério da Saúde, a Sala Nacional é composta pelos ministérios da Integração, da Defesa, do Desenvolvimento Social, da Educação e da Secretaria de Governo da Presidência da República, além de outros órgãos convidados. Todos os estados e o Distrito Federal instalaram suas salas de situação e estão desenvolvendo ações de mobilização e combate ao mosquito.

Com videoconferências semanais com todas as unidades da federação, a sala nacional gerencia e monitora a intensificação das ações de mobilização e combate ao mosquito em todo o país. As boas experiências de combate ao Aedes aegypti também são divulgadas.

Em Vitória da Conquista

Segundo a agente de endemias e supervisora de campo, Jôse Alves, apesar de ainda haver certa resistência de uma pequena parte da população em receber o agente, esse cenário tende a mudar com o surgimento das novas doenças transmitidas pelo mosquito. “Temos observado que a população está mais preocupada, tendo nos recebido mais em suas casas. Agora, ainda enfrentamos o problema daquelas pessoas que trabalham o dia todo. O que pedimos é para que elas tomem cuidado com a água parada”, informou Jôse, destacando que nesses casos, tais residências serão visitadas ou no mutirão ou em um novo ciclo.

Uma das casas visitadas foi a do aposentado Circelino Pereira, 71, morador do Vila Serrana. Ele sempre recebe os agentes de endemias. “Eu me preocupo com a dengue. Tenho muito cuidado e procuro não deixar água acumulada em canto nenhum”, afirmou.

Comerciante e também moradora da Vila Serrana, Noélia de Carvalho, lembra a importância de receber os agentes: “se a gente não os recebe bem, como é que a gente vai ter os benefícios? Se a pessoa fica com medo, ela deve verificar a identificação do agente, deixar ele fazer o trabalho e nos vemos livre do mosquito”.