O ladrão apontou a arma e pediu para a vítima retirar o filho de 10 anos, que estava no banco de trás do automóvel. Em seguida, fugiu com o veículo. Até então, nada muito surpreendente em se tratando da violência urbana da Capital gaúcha e da Região Metropolitana.

No entanto, aproximadamente 24 horas depois do crime, Pâmela recebeu uma ligação do colégio onde o filho estuda. A mochila da criança havia sido encontrada nas imediações da escola e, no interior de um dos cadernos, estava a chave do carro e o endereço onde ele foi abandonado.

Para a surpresa da mulher, havia ainda uma carta, escrita a mão, em que o ladrão se dizia arrependido:

“Moça, desculpa ter roubado teu carro, me arrependi. Abandonei ele na rua primeiro de maio, não tirei nada dele. Só a mochila que eu ia dar para o meu filho, mas me arrependi e vou abandonar ela perto do La Salle. Desculpa. Também sou vítima da sociedade, mas não sirvo para ladrão. A arma era de brinquedo. Que o susto sirva de exemplo para nós dois. Para mim também não foi fácil. Vou continuar procurando emprego. Nunca deixe a chave na ignição. Você é muito linda e desculpe pelo que fiz você passar. Obs: A bolsa eu deixei você levar na hora”.

Pâmela conta que já tinha perdido as expectativas de encontrar o veículo, mas não culpa o homem pelo roubo:

“Ele disse que estava desempregado e que tinha que fazer aquilo. Pediu desculpas. No final das contas, ainda bem que ele se arrependeu”, destacou a moça.

O veículo foi encontrado pela polícia, antes mesmo de Pâmela ir até o local para buscá-lo. A moça conseguiu retirar o veículo do depósito na tarde desta segunda-feira (06/06).

Fonte: Canal Ciências Criminais