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Associações e cooperativas discutem sobre editais

Projeto contemplará propostas ligadas às cadeias produtivas da Mandiocultura, Fruticultura e Oleaginosas

Representantes de associações, cooperativas e movimentos sociais se reuniram na tarde desta segunda-feira, 24, no auditório do Cemae, a fim de conhecer de forma mais detalhada os três novos editais do projeto Bahia Produtiva, lançados de manhã pelo governador Rui Costa, durante uma atividade oficial no Centro Glauber Rocha – Educação e Cultura.

O projeto Bahia Produtiva é executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). O valor total dos três editais é de R$ 39 milhões, que serão destinados à seleção de projetos de apoio às cadeias produtivas da Mandiocultura, Fruticultura e Oleaginosas.

Associações e cooperativas poderão inscrever suas propostas a partir do dia 8 de novembro, nos seguintes endereços eletrônicos: www.sdr.ba.gov.br ou www.car.ba.gov.br.

 Todo o processo de inscrição ocorrerá via internet. As informações serão submetidas à análise dos colegiados territoriais, que deverão emitir seus pareceres. Na etapa seguinte, haverá visitas de campo. Em seguida, os resultados indicarão quais os projetos que foram selecionados.

Segundo o diretor-presidente da CAR, Wilson Dias, a agricultura familiar na região sudoeste apresenta potencial no que se refere, principalmente, ao cultivo de mandioca e café. Dessa forma, o Bahia Produtiva poderá incrementar a produtividade e a renda dos agricultores que se dedicam a essas culturas.

“A mandioca, por exemplo, aqui no território, tem uma média de produtividade de doze toneladas por hectare. Com essas medidas do Bahia Produtiva, a gente espera que chegue a vinte toneladas. A média que cada agricultor aqui produz fica em torno de 1,2 hectare. Nós temos potencial para chegar a dois hectares”, explicou Dias.

Ainda de acordo com o diretor da CAR, isso se refletirá na renda dos agricultores. “Isso vai indicar a possibilidade de que, num espaço de dois anos, a gente tenha um aumento na renda média dos agricultores que produzem mandioca e seus derivados, de 450 para 1.600 reais. Eleva-se quatro vezes a renda. É esse o grande objetivo”, informou.

Quanto ao café, a produção média atual, estimada em 20 sacas por hectare, poderia ser ampliada para 70, mantendo-se o aumento da renda dos agricultores na mesma proporção. Para Dias, a agricultura familiar teria, assim, mais facilidade para escoar seus produtos, e os efeitos seriam sentidos tanto por eles quanto pelos moradores da zona urbana. “Uma vez potencializada a renda dessas famílias, o consumo certamente aumenta também para as cidades. E temos aí todo um processo de dinamização da economia dos municípios que estão beneficiados com esse projeto”, declarou.

‘Desafio’ – O potencial do projeto foi ressaltado pelo dirigente estadual do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Adenílson Amaral. “Vendo o apoio do Estado em relação a esse projeto, vemos como um potencial, uma força muito grande para a agricultura familiar, no sentido de que nos desafia até a trabalhar melhor a organização da nossa produção”, disse Amaral.

Auxílio – A Prefeitura disponibilizará sua equipe técnica, através da Secretaria Municipal de Agricultura, para que as associações e cooperativas com atuação no município possam inscrever suas propostas nos editais do Bahia Produtiva. “A Secretaria está à disposição, se houver o interesse de alguma associação”, garantiu o secretário municipal de Agricultura, Sílvio Moura.

Caso se interessem por recorrer ao auxílio da equipe técnica, os representantes de associações devem se dirigir à sede da Secretaria, na praça Catão Ferraz, s/n, Centro, próximo à Feira da Ceasa. Ou por meio do telefone (77) 3420-7012.