Bahia vai importar bananas do Equador
A aprovação pela Secretaria de Defesa da Agropecuária do Estado da Bahia, da importação de bananas do Equador vem sendo motivo de preocupação dos integrantes da Comissão de Agricultura e Política Rural, da Assembleia Legislativa. Os parlamentares receiam que os agricultores baianos sejam prejudicados, já que atividade no Equador é subsidiada por empresas multinacionais que pagam barato pela mão de obra e não obedecem a parâmetros internacionais de segurança fitossanitária. A Bahia é o segundo produtor de banana do Brasil.
“Os frutos importados daquele país poderão afetar diretamente o pequeno produtor”, observou o presidente da comissão, deputado Luiz Augusto (PP). Ele alertou para o risco da perda de empregos e também da segurança do produto. “Tem que haver uma fiscalização fitossanitária rigorosa”, acredita.
Já o deputado Herbert Barbosa (DEM) alertou para o risco de novas pragas e citou como exemplo a praga da lagarta que destruiu muitos lavouras de algodão no oeste baiano. “Existe a suspeita inclusive de bioterrorismo, de que alguém tenha disseminado intencionalmente a praga para prejudicar a produção da região”, afirmou o democrata, acrescentando que a Polícia Federal inclusive vem investigando essa situação.
O governo brasileiro acaba de eliminar as restrições à importação de banana vinda do Equador, suspensa desde 1997 por causa da presença das pragas “moko de banana” e “sigatoka negra”, informou o Ministério de Comércio Exterior equatoriano.
Uma resolução publicada no Diário Oficial da União estabeleceu os requisitos fitossanitários para a importação de banana produzida no Equador, o que põe fim a restrição e “representa um novo alívio para o setor exportador equatoriano”, segundo um comunicado do Ministério.
Os principais mercados para as exportações equatorianas da fruta são Rússia, Estados Unidos, Itália, Alemanha e Bélgica.
O Ministério da Agricultura brasileiro fixou requisitos fitossanitários para a importação de banana do Equador. Entre eles, os frutos devem estar em pencas, acondicionadas em caixas de papelão, sem folhas e possuir certificado fitossanitário