Bancários vão para o 21º dia de greve
Lucros de R$ 60 bilhões não são revertidos em melhorias para clientes e funcionários
Os bancários rejeitaram, nas assembleias realizadas em todo o Brasil, a segunda proposta apresentada pelos patrões que assegura apenas 0,97% de ganho real e não garante avanço nas demais cláusulas sociais e econômicas reivindicadas pela categoria.
Com essa decisão, o movimento completa 20 dias e segue por tempo indeterminado.
Nos 26 estados e Distrito Federal, 11.717 unidades estão fechadas, com crescimento de 90,6% na adesão desde que a greve foi iniciada.
Na Bahia, 837 agências e postos seguem sem atendimento. Em Vitória da Conquista e região, o quadro de paralisação é estável desde a última terça-feira (1º), com 71 unidades fechadas.
PAUTA É COMPOSTA POR 120 ITENS
A pauta de reivindicações dos bancários, composta por mais de 120 itens, foi entregue à Fenaban em 1º de agosto. Após quatro rodadas de negociações, a federação apresentou uma primeira proposta, com 6,1% de reajuste, que sequer considerava a reposição da inflação. A segunda proposta só chegou após 30 dias de muita pressão.
“Quase R$ 30 bilhões de lucros no primeiro semestre e R$ 60 bilhões nos últimos 12 meses. E ainda assim, os banqueiros tratam cliente e funcionários com tamanho descaso”, critica o presidente do Sindicato dos Bancários de Conquista e Região, Delson Coêlho.
Veja aqui as principais reivindicações dos bancários.
Veja aqui as fotos dos 20 dias de greve.