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Brasil anuncia fim do surto de febre amarela

 

O Ministério da Saúde do Brasil acaba de declarar o fim do surto de febre amarela. O último caso foi registrado em junho deste ano. O encerramento do surto se deu pelo fim da sazonalidade da doença e pelas ações de vigilância e imunização, que contaram com a colaboração da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).

O organismo internacional deu amplo suporte ao governo do Brasil e aos estados na resposta ao surto de febre amarela, desde o envio de doses de vacinas contra a doença e a divulgação de recomendações baseadas nas melhores evidências científicas disponíveis até o trabalho em campo, juntamente com as autoridades nacionais e locais.

As equipes da OPAS/OMS atuaram no controle de mosquitos Aedes para minimizar o risco de transmissão urbana da doença, na análise detalhada de dados para subsidiar as ações estratégicas, na capacitação de profissionais e na pesquisa epidemiológica com pacientes infectados ou com suspeita de infeção.

Um exemplo é o estado do Rio de Janeiro, onde especialistas em imunizações da OPAS/OMS trabalharam com as autoridades locais para estruturar o plano de combate ao surto de febre amarela na região.

Em um encontro de trabalho em abril, o subsecretário de Vigilância em Saúde do estado, Alexandre Chieppe, destacou que o reforço no plano de vacinação contra a febre amarela começou no início do ano, principalmente nos municípios fronteiriços aos estados de Espírito Santo e Minas Gerais, que já contavam com casos da doença. “Inicialmente concentramos esforços em quatorze municípios de fronteira e, progressivamente, fomos ampliando a vacinação para todo o estado.”

O Brasil adotou, em abril deste ano, a dose única de vacina contra a febre amarela, atendendo às recomendações da OPAS/OMS. Em visita ao município de Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro, a consultora de Imunizações da OPAS/OMS Samia Samad acompanhou a vacinação dos moradores da cidade, como o adolescente João Pedro Ferreira do Nascimento, 15 anos. Ele estava se vacinando porque iria visitar o pai no município de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

A OPAS/OMS esteve também no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, Minas Gerais, para acompanhar a evolução do quadro da epidemia de febre amarela no estado. O hospital é um centro de referência para o tratamento, a pesquisa e o monitoramento dessa e de outras doenças infecto contagiosas tropicais no estado.

De acordo com o diretor-técnico do Hospital Eduardo de Menezes, Dario Brock Ramalho, a epidemia de febre amarela que aconteceu este ano foi algo que não se via há muito tempo no país. “O surto em Minas Gerais aconteceu em uma região do tamanho do estado de Pernambuco, com três polos principais. O Sistema Único de Saúde (SUS) local ficou completamente abarrotado, incapaz de responder às necessidades, e começamos a tentar trazer pacientes para cá.”

Saiba mais sobre a resposta conjunta à febre amarela clicando aqui.