Campanha esclarece população sobre vacinação contra febre amarela
Grupos prioritários são aqueles que vivem ou irão viajar para áreas afetadas pela febre amarela no País.
Restante da população não precisa buscar a vacinação neste momento.
Vacinação de rotina é ofertada em 19 estados do País com recomendação para imunização
O Ministério da Saúde lança, nesta sexta-feira (10), uma campanha para esclarecer quem precisa se vacinar contra a febre amarela neste momento e explicar à população em geral que não há necessidade de vacinação de todos.
Com o slogan “Informação para todos e vacina para quem precisa”, a campanha será dirigida aos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais, com duração de um mês. Em um segundo momento, deverá ser estendida a outros estados.
Vacinação
A campanha alerta que os grupos prioritários são aqueles que vivem ou irão viajar para áreas afetadas pela febre amarela no País, como: leste de Minas Gerais, oeste do Espírito Santo, oeste da Bahia, além do noroeste do Rio de Janeiro, que está localizado na divisa com áreas que têm registros de casos.
As peças da campanha orientam a pessoa a procurar a unidade de saúde mais próxima para tomar a vacina. A vacinação de rotina é ofertada em 19 estados do País com recomendação para imunização.
Atualmente, o esquema de vacinação da febre amarela é de duas doses, tanto para adultos quanto para crianças. As crianças devem receber as vacinas aos nove meses e aos quatro anos de idade. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Dos seis aos nove meses de idade incompletos, a vacina está indicada somente em situação de emergência epidemiológica ou viagem para área de risco.
Para adultos que não tomaram as doses na infância, a orientação é uma dose da vacina e outra de reforço, dez anos depois da primeira.
Quem perdeu o cartão de vacinação deve procurar o serviço de saúde que costuma frequentar e tentar resgatar o histórico. Caso isso não seja possível, a recomendação é iniciar o esquema normalmente.
A população que não vive na área de recomendação ou não vai se dirigir a essas áreas, não precisa buscar a vacinação neste momento.
Viagens
Os viajantes que forem se dirigir a uma área com recomendação de vacina – tanto estrangeiros quanto brasileiros – e que não completaram o esquema de duas doses, a recomendação é que seja vacinado pelo menos dez dias antes da viagem, que é o tempo que a pessoa leva para criar anticorpos e ficar devidamente protegida. Quem tomou a primeira dose há menos de dez anos não precisa adiantar o reforço.
Contraindicações
Pessoas a partir de cinco anos de idade que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação devem receber a primeira dose da vacina e um reforço, dez anos depois. Vale destacar que a situação deve ser informada ao profissional de saúde, para que seja possível avaliar se há contraindicação.
A vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas. Em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação para estes grupos, levando em conta o risco de eventos adversos.
Outra recomendação é que a vacina para febre amarela não deve ser aplicada ao mesmo tempo que a vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra viral (que protege contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela).
Se a criança tiver alguma dose do Calendário Nacional de Vacinação em atraso, ela pode tomar junto com a febre amarela, com exceção da tríplice viral ou tetra viral. A criança que não recebeu a vacina para febre amarela nem a tríplice viral ou tetra viral e for atualizar a situação vacinal, a orientação é receber a dose de febre amarela e agendar a proteção com a tríplice viral ou tetra viral para 30 dias depois.