Campus da Uesc é o que tem o maior número de paus-brasil no mundo
Árvore que nomeia o País está ameaçada de extinção.
No Campus Soane Nazaré de Andrade existem 149 árvores adultas de pau-brasil (Caesalpinia echinata ou Paubrasilia echinata).
Esses números permitem afirmar que a Universidade Estadual de Santa Cruz é a que possui a maior quantidade de árvores de pau-brasil adultas plantadas em seu campus no mundo.
Levantamento florístico
Sendo assim, os dados fazem parte de um levantamento florístico realizado no campus que abriga a Instituição por pesquisadores do Horto Florestal da Uesc.
E que portanto, serão publicados no próximo Simpósio de Biologia do Sul da Bahia (Simbio), em outubro.
A equipe responsável pela pesquisa é composta pelos discentes Daiana Rodrigues dos Santos e Henrique Brandão da Silva, e pelos docentes Delmira da Costa Silva, curadora da coleção de morfotipos de pau-brasil da Uesc, e Luiz Alberto Mattos Silva, responsável pelo viveiro de mudas florestais.
Horto Florestal
O projeto Horto Florestal atua também na produção de mudas de pau-brasil para distribuição/doação a projetos de recuperação de áreas degradadas, paisagismo e urbanização.
Desde 2017, mais de 15 mil mudas da árvore já foram distribuídas.
Porquanto possibilitou a entrega de mudas da planta para puérperas que receberam alta médica, em sua maioria mulheres residentes em municípios das regiões Sul e Sudoeste da Bahia.
Uma das ações se deu por meio de parceria com o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus.
A campanha visa a representatividade da vida e da resistência, em defesa do meio ambiente.
Pau-brasil: espécie ameaçada de extinção
Portanto, o pau-brasil teve um papel central como matéria-prima para a produção de corantes do século 16 até o início do século 19.
Nesse período, aproximadamente 500 mil toras da árvore foram enviadas para a Europa.
A exploração predatória, somada ao desmatamento da Mata Atlântica, quase levou a espécie à extinção. No século 20, o pau-brasil foi considerado extinto, até ser redescoberto em Pernambuco, em 1928.
Hoje, a árvore ainda está ameaçada de extinção, e não há estimativas precisas sobre quantos exemplares nativos restam na Mata Atlântica brasileira.