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Como se orientar pelos números que denominam as estradas federais?

Entenda a matemática das siglas das rodovias federais

O portal Brasil 61, como sempre, esteve à frente nas notícias quando o assunto é infraestrutura. Em 2019 publicou um compilado de materiais sobre as estradas, citando a BR-163, suas letras e números. Por trás dessa denominação, há uma lógica que ajuda o motorista a se orientar geograficamente.

Toda estrada federal começa com a sigla BR seguida de três números determinados pelo Plano Nacional de Viação, de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

O primeiro número indica a categoria da rodovia, enquanto os dois últimos definem a posição a partir da orientação geral da rodovia, referente a Brasília e aos limites Norte, Sul, Leste e Oeste do Brasil.

As vias radiais, por exemplo, são indicadas pelo número zero. São aquelas com origem em um único ponto, que é Brasília, em direção aos extremos do Brasil. Os dois números que sucedem o zero seguem a lógica de múltiplos de 5, em sentido horário. Como exemplo, temos a BR-010, que inicia o sentido horário em direção a Belém, capital que está ao Norte de Brasília, em linha reta.

As longitudinais são iniciadas pelo número um e cortam o Brasil na direção Norte-Sul. Os dois últimos algarismos são definidos da seguinte maneira: do ponto mais ao Leste de Brasília, a numeração vai de 00 a 50. A partir da Capital Federal, indo para Oeste, a numeração vai de 51 a 99. Nesse caso, temos a BR-116, que liga Fortaleza, no Ceará, a Jaguarão, no Rio Grande do Sul, passando por dez estados e algumas capitais.


Já as vias transversais começam com o número dois e cortam o Brasil na direção Leste-Oeste. Do ponto mais ao Norte de Brasília, a numeração vai de 00 até 50, quando chega à Capital Federal. Da capital até o extremo Sul, a numeração então segue de 50 a 99. A BR-230, por exemplo, conhecida como Rodovia Transamazônica, inicia-se em Cabedelo, na Paraíba, terminando em Benjamin Constant, cidade que faz fronteira com o Peru no Amazonas.


As diagonais são aquelas que cruzam o país nas direções Noroeste-Sudeste ou Nordeste-Sudoeste, e são iniciadas pelo número três. Números pares com início 00, no ponto mais ao Nordeste do Brasil, vão até 50 em Brasília. Da Capital Federal até o extremo Sudeste, a numeração vai de 52 a 98.

Na outra variação de rodovias diagonais, a lógica é a mesma, mas com números ímpares: de 01 a 51, a partir do ponto mais ao Noroeste do Brasil, até Brasília; e de 53 a 99, rumo ao extremo Sudoeste. Como exemplo, temos a BR-364, que se inicia na cidade de Limeira, no interior de São Paulo, e segue até Mâncio Lima, município do Acre na fronteira com o Peru.

As vias de ligação são aquelas que conectam duas rodovias ou uma rodovia federal a um ponto importante, e começam com o número quatro. Os dois restantes seguem a mesma regra das rodovias transversais: do ponto mais ao Norte de Brasília, a numeração vai de 00 até 50, quando chega à Capital Federal. Da capital até o extremo Sul, a numeração então segue de 50 a 99.

Aqui, temos a BR-401, que liga a capital de Roraima, Boa Vista, e a fronteira com a Guiana.

Reportagem: Luciana Bueno. Edição: Carolina Assunção. Edição de áudio: Lucas Rodrigues. Fonte: Brasil 61.