Documentário registra trabalho do Cetas de Vitória da Conquista
O filme E agora? é dirigido por Humberto Bassanelli e demonstra o que acontece aos animais silvestres após serem apreendidos
O filme aborda o que acontece aos animais silvestres no momento posterior ao ato de apreensão. “Aí é que começa um outro problema: o que fazer com esses animais?”, explica o presidente da S.O.S. Fauna, Marcelo Pavlenco. A principal finalidade do Cetas é receber animais apreendidos e garantir que eles sejam devolvidos a seus ambientes naturais ou a outros locais em que não sejam vítimas de maus tratos.
Produção – As filmagens e as entrevistas começaram no início de 2013. A equipe já rodou por Mato Grosso do Sul, São Paulo e Pernambuco antes de desembarcar em Vitória da Conquista. Após visitar a sede da Semma, onde se encontrou com o secretário municipal de Meio Ambiente, Hudson Castro, o grupo seguiu para o Cetas, a fim de registrar o trabalho da equipe. Além de entrevistar os coordenadores, eles puderam registrar a chegada de dois novos animais silvestres – um ouriço e um saruê – apreendidos pelo Corpo de Bombeiros.
O médico veterinário Aderbal Azevedo, coordenador do Cetas
Desde que foi fundado, em 2000, o Cetas recebeu mais de 34 mil animais silvestres. Aproximadamente 87% deles tiveram melhor sorte após passar pelas mãos da equipe. Muitos foram reintroduzidos em áreas naturais. Quando isso não foi possível, a solução foi destiná-los a criadouros conservacionistas, zoológicos ou parques zoobotânicos. “Basicamente, isso é um retrato do desempenho da equipe”, afirma o coordenador do Cetas, o médico veterinário Aderbal Azevedo.
Educação – A agenda da equipe em Vitória da Conquista inclui ainda, na quinta-feira, 14, um encontro com representantes da Polícia Rodoviária Federal. A próxima escala e última antes de a equipe iniciar o processo de montagem do documentário, será em Brasília-DF. Segundo o diretor Humberto Bassanelli, E agora?será lançado nacionalmente no segundo semestre de 2013 e terá, sobretudo, uma finalidade educacional. Além de exibi-lo em festivais, também há, entre os realizadores, a intenção de distribuí-lo gratuitamente em escolas. “A principal função de um filme como esse, numa causa como essa, é ter a chance de tocar o emocional das pessoas”, explica Bassanelli.
Além de Marcelo Pavlenco e do diretor Humberto Bassanelli, a equipe inclui o produtor-executivo Fábio Cavalheiro e o técnico de áudio Bruno Lehmann.