DPT baiano identifica corpos através do sorriso
Após a avaliação das peças, o comparativo é feito por meio de um aplicativo de edição de imagens. Mas, para que o método seja utilizado, a fotografia comparativa deve ter características indispensáveis, como, por exemplo, estar em alta resolução. Algumas informações complementares também podem ser recolhidas com familiares.
Além de agilizar a liberação do corpo, o processo também tem baixo custo para o estado, se confrontado com a identificação comparativa por DNA, que chega a custar R$ 10 mil, a depender do material analisado (sangue, osso, saliva etc). A técnica começou a ser aplicada em Irecê, pelo perito odonto legal João Pedro Pedroza, também professor de Odontologia Legal da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. “Estudos nacionais e internacionais discutiram a utilização do método, aplicado de forma experimental durante algum tempo, mas hoje já visto e empregado como uma opção efetiva, prática e de baixo custo”, afirmou.
Ele lembra que há limitações relacionadas ao padrão do material utilizado para a comparação. “Nem todas as fotografias disponibilizadas por familiares servem para fazer este tipo de análise. Nestes casos, a técnica é dispensada e outros meios de identificação utilizados para a liberação do corpo”, finalizou.