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ECPP Vitória da Conquista é vice do Baianão

Ederlane Amorim: ‘Sinceramente, estou feliz!’

Por Ederlane Amorim – Presidente do Esporte Clube Primeiro Passo Vitória da Conquista

Sinceramente, estou feliz! Meu time está sempre crescendo! Somos vice-campeões do Estadual Bahiano! Sou bode com muito orgulho! Vi meu time realizar a segunda melhor campanha do baianão. Isso não é pouca coisa! Somos medalha de prata, como Diego Hypólito, que conquistou o segundo lugar, no solo, na Copa do Mundo de Ginástica Artística. Lamento pelos que se frustraram a tal ponto de se revoltarem ou deserdarem do posto de torcedor.

Quem assim age, para mim, só prova que nunca foi torcedor de fato! Só se cresce na crise, na frustração. Quem acompanhou o time, sabe das condições e das possibilidades. Sabe que sonhar faz parte, mas sabe que a realidade nos impõe constatações indubitáveis. Se sonhar faz parte da conquista de um título, “manter os pés no chão” é o que torna a conquista de um sonho possível. Golias é Golias. Milhão é milhão. Ferrari é Ferrari. Não é impossível que Davi vença.

Não é impossível que tostão se consagre. Não é ilegítimo que a Williams suba ao pódium. Mas é difícil, muito difícil. É preciso saber ser vice-campeão ou ocupar outras posições algumas vezes. É preciso “nadar contra a corrente só para exercitar”. E que corrente enfrentamos na Fonte Nova! É estarrecedor o volume do torcedor do Bahia. É estarrecedora a estrutura que sustenta o Bahia. Nadamos contra a corrente e cada vez mais nos aproximamos do real. Somos uma cidade provinciana… Precisamos de uma dose de realidade para contrapor nosso romantismo. Abandonar a inocência que nos fragiliza. Despirmos da ingenuidade que nos debilita. Não é só o amor que permeia as relações no contexto do futebol da primeira divisão. “é muito dinheiro envolvido”. É muito poder.

Não é tão simples como parece chegar lá e desbancar um time que se alterna com outro time no topo do campeonato desde que foi criado. O que vi na arena não foi futebol. Foi guerra. Foi como o Oriente Médio provocar os Estados Unidos. Como assim? Quem é esse tal de ECPPVC que ousa perturbar nossa paz, nossa ordem estabelecida? Quem se atreve? Só a história é quem vai contar se o Davi venceu, se o tostão se consagrou, se a Williams subiu ao pódium. Porque isso pode acontecer a qualquer momento, mas pode demorar décadas. O fato é que Roma caiu. O fato é que os Estados Unidos se fragilizaram. O fato é que a União Soviética é passado. Fato é que Hitler perdeu a guerra. Mas nada disso aconteceu de uma hora para outra. Quantos Davis tiveram que perder suas lutas antes que um Davi se consolidasse?

O ECPPVC está fazendo história. Está fazendo o que é possível num contexto hostil. Tem angariado respeito e visibilidade. Tem abalado a onipotência, o monopólio, a prepotência, o domínio e o predomínio dos times da capital. Tem conquistado títulos e o de vice-campeão é um deles. Renegar o título de vice-campeão por valorizar tão somente o de campeão é negar-se a ser a Wallmart, segunda maior empresa do mundo. Que venham mais títulos de vice-campeão! Eu, como torcedora, só quero “de presente o seu bis”! E, embora na arena ninguém tenha ouvido, eu gritei: “Vi-ce-cam-peão! Parabéns, ECPPVC!

Marta Maria !!!!!!