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Encerrada a Conferência da Diáspora Africana nas Américas

Encerramento da Conferência da Diáspora Africana nas Américas destaca avanços em políticas de reparação.

Foto: Thuane Maria/Repórter: Tácio Santos/Governo da Bahia

A Conferência da Diáspora Africana nas Américas foi encerrada, neste sábado (31).

Com efeito, foi lida a leitura de uma carta de recomendações, elaborada por representantes da sociedade civil e entregue à União Africana.

Portanto, a carta é o resultado de três dias de intensos debates e foi construída em torno de quatro eixos centrais: Pan-Africanismo, Memória, Reconstrução, Reparação e Restituição.

Intercambio entre países

Entretanto, ao longo do evento, lideranças negras, pesquisadores e representantes de governos discutiram formas de ampliar o intercâmbio entre os países e fortalecer as propostas abordadas.

Presenças ainda dos ministros Silvio Almeida (Direitos Humanos e da Cidadania), Anielle Franco (Igualdade Racial), Mauro Vieira (Relações Internacionais) e Margareth Menezes (Cultura).

Diversas autoridades também marcaram presença, ressaltando os avanços alcançados e as perspectivas para fortalecer as políticas de reparação e os laços entre as Américas e a África.

Foto: Matheus Landin/Repórter: Tácio Santos/Governo da Bahia

Saudação do Governador

Para o chefe do Executivo baiano, a conferência se destaca como mais uma oportunidade da Bahia estar alinhada com as políticas públicas elaboradas pelo Governo Federal.

“É um momento de união e como o presidente Lula nomeou seus quatro anos de governo como a missão de criar a unidade no Brasil.

Mas também que esta união possa servir para nós reconstruirmos os nossos conceitos, as políticas públicas.

Portanto a Bahia se sente lisonjeada em estar sediando esse evento”, ressaltou Jerônimo.

Ministra Aniele Franco

A ministra Anielle Franco destacou a importância da carta para o avanço das políticas de reparação.

“Encerramos o evento com a entrega da carta de recomendações, que sintetiza as propostas discutidas ao longo desses três dias.

Este documento servirá como um guia para as próximas ações e será fundamental no 9º Congresso Pan-Africano, que acontecerá em Togo, de 29 de outubro a 2 de novembro de 2024,” afirmou a ministra.

Foto: Thuane Maria/Repórter: Tácio Santos/Governo da Bahia

Carta de Recomendações

Portanto, a Carta de Recomendações apresenta propostas focadas na promoção de políticas de reparação e justiça social, destacando a restituição de bens culturais e a preservação da memória afrodescendente.

Afinal, entre as diretrizes principais estão o fortalecimento do Pan-Africanismo, a ampliação do intercâmbio entre as nações da diáspora.

Igualmente, o apoio mútuo na reconstrução de sociedades afetadas por séculos de colonialismo e escravidão.

Cerca de 50 países enviaram delegações para o evento.

Representações de Angola, África do Sul, Argentina, Bahamas, Camarões, Colômbia, Costa do Marfim, Cuba, Estados Unidos, Gana, Haiti, Honduras, São Tomé e Príncipe, Sudão do Sul, Namíbia e Togo.

Embaixador do Benin no Brasil, Boniface Vignon. Foto: Thuane Maria/Repórter: Tácio Santos/Governo da Bahia

 O embaixador do Benin no Brasil, Boniface Vignon, expressou satisfação com os resultados da conferência:

“Os debates foram profundamente enriquecedores e revelaram um compromisso sério com as questões de reparação e justiça social.

A interação entre os participantes e as propostas formuladas demonstram um avanço significativo na construção de pontes entre o Brasil e a África.

É encorajador ver a mobilização de tantos atores para enfrentar as injustiças históricas e promover um futuro mais igualitário.”