No encontro de Comandantes da Polícia Militar – PM-BA, e Bombeiros Militares da Bahia, representantes operacionais da capital e do interior voltaram a se reunir no Departamento de Polícia Técnica, na Avenida Centenário, em Salvador. O evento teve o objetivo de fornecer orientação estratégica aos policiais para as eleições de outubro deste ano. A relação da PM com a imprensa baiana foi um dos temas abordados, com a palestra da Secretária Estadual de Comunicação, Marlupe Caldas.

Marlupe Caldas. Foto Raul Golinelli/Gov-BA

A secretária falou da importância das duas profissões para a sociedade, e orientou sobre como a polícia deve agir para não impedir ou dificultar as atividades de coberturas jornalísticas. “Essa é uma tentativa de fazer com que haja uma relação harmônica entre imprensa e Polícia Militar. Esse evento é um de muitos que ainda serão realizados. A gente precisa de um treinamento contínuo para que os policiais militares entendam melhor como funciona a imprensa, para que a cobertura dos jornalistas seja facilitada sem dificultar o trabalho da polícia”.Respeito mútuo

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, também se manifestou sobre o assunto. Ele concorda que precisa haver respeito às funções das duas áreas, para que honrem o compromisso de atender à população. “É um momento de despertar. Estamos em um período em que precisamos interagir com a comunidade, e a imprensa faz parte dela. Não poderíamos deixar de trazer à tona os ensinamentos necessários de respeito da polícia com a imprensa, e da imprensa com a polícia, possibilitando o bom trabalho de ambos. Não é o ponto final, é o início de uma caminhada”.

A presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), Marjorie Moura, tem mais de 20 anos de profissão. Com experiência na cobertura da editoria de polícia, ela reconhece o avanço no assunto, que é delicado, com a intermediação da Secom. “É um primeiro passo, um aprendizado, já que as duas categorias não se conhecem bem. E isso, às vezes, acaba influenciando no teor do noticiário de uma maneira geral, concluiu a sindicalista, ressaltando a interferência de terceiros nos conteúdos que, em algumas situações, tentam denegrir o trabalho da polícia”.