Entidades alertam para risco no abastecimento de alimentos e bebidas em Vitória da Conquista
NOTA – Circulação de Veículos de Carga em Vitória da Conquista
O Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (SINDICERV) manifesta profunda preocupação com a decisão da Prefeitura de Vitória da Conquista (BA) de restringir a entrada e circulação de veículos de carga e descarga no município.
A medida causará um visível impacto negativo para a indústria e comércio local e preocupa toda a indústria de alimentos e bebidas, setor responsável por centenas de postos de trabalhos e fundamental para o abastecimento da população.
Pelo decreto nº 22.863, assinado pela prefeita Sheila Lemos, será criada uma zona de restrição para operações de carga e descarga em Vitória da Conquista.
Nesse espaço, veículos de carga e descarga acima de cinco toneladas serão proibidos de circular entre 6h e 20h, de segunda a sexta-feira; e entre 6h e 14h, aos sábados.
Os setores enfrentarão dificuldades em receber e expedir mercadorias nos horários estipulados pelo decreto.
Entre as consequências possíveis estão atrasos nas entregas, aumento dos custos e a falta de segurança para os trabalhadores que circularão com altos valores em mercadorias de madrugada. Isso afetará de forma negativa o abastecimento de produtos em mais de 900 estabelecimentos comerciais do município.
Além disso, destacamos ainda que o aumento do trânsito de veículos de carga e descarga em horários noturnos poderá afetar a poluição sonora da cidade, prejudicando o descanso e o sono de dezenas de cidadãos conquistenses.
O SINDICERV, juntamente com outras entidades locais e nacionais, tais como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), a Associação Baiana de Supermercados (ABASE) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Vitória da Conquista, encaminhou um ofício para a prefeita Sheila Lemos solicitando que o setor de alimentos e bebidas seja incluído na lista de exceções do decreto, para permitir que as operações de carga e descarga sejam realizadas em horários mais amplos, evitando assim enormes prejuízos no abastecimento de alimentos e na geração de emprego e renda do município.
As entidades ainda aguardam um retorno positivo da prefeitura.