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Escolas municipais ficam sem vigilantes

O Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista, juntamente com um grupo de diretores escolares, esteve reunido na tarde desta quinta-feira, 26, com representantes do Governo Municipal para cobrar explicações acerca da exoneração dos vigilantes contratados.

Durante esta semana, os diretores das unidades da Rede Municipal de Ensino foram surpreendidos com a informação de que a o último dia de serviço dos vigias seria nesta sexta-feira, dia 27, já que a partir do dia 30, segunda, todos estarão sumariamente demitidos.

Esta é a segunda vez que os servidores da vigilância escolar são sumariamente dispensados este ano. Em maio, a Secretaria de Educação demitiu os mesmos profissionais sem nenhum tipo de comunicação prévia. Contudo, após a pressão do SIMMP e da categoria dos professores, o prefeito Guilherme Menezes se reuniu com os diretores e assegurou que os vigias teriam os contratos mantidos até o mês de dezembro.

Com isto, os vigilantes exerceram as suas funções normalmente, mesmo com o atraso do recebimento dos honorários mensais. “Desde maio até agora os vigilantes não receberam salário. Estão há quatro meses sem receber um real da Prefeitura. Estamos tendo que fazer ‘vaquinha’ na escola para poder comprar alimentos para eles e hoje recebi um ofício comunicando que a partir de amanhã eles não pertencem mais ao quadro”, informou a professora Mariedla Brito, diretora da Escola Municipal Antônio Helder.

O diretor da Escola Municipal Helena Cristália, Antônio Tavares, considerou que o resultado da reunião de hoje não foi o esperado. “Esperávamos chegar a um consenso ou encontrar alguma solução para a manutenção do emprego dos vigias, mas a gente percebeu que o discurso já está pronto e o Governo já está com a decisão tomada de proceder a demissão sumária”, compreende.

Para Ana Cláudia Santana, diretora da Escola Municipal Cláudio Manoel da Costa, a decisão da Prefeitura foi desleal para com os servidores da Rede de Ensino. “Nós acreditamos naquele momento, confiamos no poder público e não esperávamos que o Governo tomasse esta decisão. Agora fica o sentimento de indignação. A Prefeitura foi desumana. Nós, diretores e vigilantes, fomos traídos pelo Governo”, declara.

A presidente do SIMMP, Geanne Oliveira (foto), afirma que o SIMMP sempre se colocou a disposição para lutar e garantir os direitos dos trabalhadores e é completamente contra a terceirização da mão de obra. “O caminho da terceirização, optado pela Prefeitura para a questão dos vigilantes, revela o pouco compromisso do Governo com os seus servidores”, conclui.