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Escolas realizam atividades pela identidade étnico-racial

As atividades alusivas ao Novembro Negro, mês em que se comemora o Dia da Consciência Negra, estão mobilizando a comunidade escolar em diversas cidades do interior. Por meio de palestras, rodas de conversa, exposições fotográficas e apresentações culturais, os estudantes abordam a Educação para as Relações Étnico-raciais, destacando questões como o respeito à diversidade e o combate ao preceito racial.

A comunidade escolar do Colégio Estadual Maria Evangelina Lima Santos, em Ipirá, no centro norte, percorreu ruas da cidade durante a ‘caminhada da conscientização’, na última sexta-feira (18). Eles carregaram cartazes e tocaram instrumentos confeccionados com materiais recicláveis para chamar a atenção de todos para a importância da data. As atividades continuaram na unidade escolar, com apresentações de dança, teatro, poesia, música e exposição com fotos de autores e líderes da resistência negra.

Uma mesa-redonda também foi realizada com o tema ‘Vivências Negras’. Grupos organizados pelos estudantes realizaram ainda uma roda de samba. Beatriz Carvalho Barreto, 17 anos, aluna do 2º ano, líder de classe e uma das organizadoras do evento destaca que este tipo de ação contribui para o despertar da cidadania. “Estou me sentindo empoderada a partir dos conhecimentos adquiridos com as pesquisas que fizemos. A escola é um lugar de resistência e precisamos conhecer nossas raízes para fortalecer o discurso. Fizemos um ótimo trabalho”.

Foto: Divulgação
Em Ipirá, os estudantes percorreram ruas da cidade durante a ‘caminhada da conscientização’
(Foto: Divulgação)

No Colégio Estadual Manoel José de Andrade, localizado no município de Planaltino, no centro sul da Bahia, os estudantes participaram de um debate sobre a proposta de reforma do Ensino Médio, sistema de cotas e preconceito racial. “Estamos debatendo assuntos muito relevantes e destacando a importância do negro na sociedade. Uma das abordagens que mais chamou a atenção dos estudantes foi sobre o preconceito nas redes sociais”, aponta Júlio Cesar Neves Júnior, 18, do 3º ano.

As atividades do Novembro Negro também estão sendo desenvolvidas por estudantes do Colégio Estadual Normal São Pedro, situado em Macarani, município do centro sul do estado.