Essa tal solidariedade…
Andando no movimentado calçadão com minha esposa, meus olhos viram uma dessas desafortunadas pessoas tidas como maltrapilhas, andarilhas, encontradas em qualquer cidade. |
Algumas pessoas olhavam curiosas, outras admiradas.
Havia inclusive quem imediatamente olhasse para o outro lado, como se de alguma forma pudessem ser contaminadas, contagiadas por aquela pessoa.
Recordando um amigo que sempre me orientava “cuide dos doentes, alimente os famintos e vista os despidos e esfarrapados”, fui movido por uma poderosa força interior e rapidamente fui alcançar a desafortunada pessoa.
Ela estava vestindo somente o que se pode descrever como trapos, farrapos mesmo, e carregando seu “tesouro” em duas sacolas de plástico… Meu coração foi tocado pela condição precária desse ser humano desafortunado.