Fábricas calçadistas reocupam galpões no Sudoeste
Fábricas calçadistas reocupam últimos galpões antigos e investem no sudoeste baiano
Mão-de-obra valorizada
A ocorrência de uma mão-de-obra qualificada, com experiência na área calçadista, foi um dos fatores que também contribuíram para a rápida expansão da Bárbara Kras – cuja razão social na Bahia é Calçados Itambé. A empresa, cuja matriz é no município de São João Batista/SC, começou a operar em Itambé no início do ano passado e, em setembro, no mesmo município, deu partida à sua segunda linha de produção. Em seguida, abriu três novas unidades industriais: duas em Macarani e uma em Caatiba.
“Ao todo, já são R$ 10 milhões de investimentos na Bahia e a geração de 900 empregos diretos. A nossa meta com as fábricas na região é produzir dez mil pares por dia, com o foco no mercado brasileiro que é muito grande. Nossa fatia de exportação é muito pequena – em torno de 1% – mas queremos aumentá-la. Investir na Bahia é para nós uma oportunidade de crescimento, porque o apetite das nossas consumidoras por moda de qualidade continua muito grande”, diz Adalberto Soares, diretor da Barbara Kras.
Seguindo os passos da Lia Line e da Bárbara Kras, a última marca catarinense do Vale do Rio Tijucas a aportar no sudoeste baiano é o grupo Suzana Santos, que na Bahia irá produzir a linha de calçados femininos Renata Mello. A companhia também responde pelas marcas Suzana Santos, Arts’Brasil e Azillê. A indústria, originária de São João Batista/SC, irá ocupar os galpões de Iguaí, Potiraguá, Maiquinique e Itarantim, com investimentos de R$ 10,2 milhões e geração de 2.500 empregos diretos. Em Itarantim irá funcionar também um centro de distribuição, com área de 4 mil m2, para atendimento aos mercados do Norte/Nordeste. A produção das novas unidades fabris da Bahia irá reforçar o abastecimento do mercado brasileiro, alem de ser exportada para países da América do Sul e Central, Rússia e Filipinas.
“Nossa aposta na Bahia é a do crescimento. Hoje, produzimos 16 mil pares de calçados femininos por dia e vamos dobrar essa produção. Além disso, precisamos estar mais perto das nossas consumidoras. Por causa da distância e da logística complexa, chegamos a demorar 25 dias para entregar um par de calçados. Com as unidades da Bahia, esse tempo cai para quatro ou cinco dias”, aposta Janderson Marchiori, diretor-executivo do grupo Suzana Santos.