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Fábricas calçadistas reocupam galpões no Sudoeste

Fábricas calçadistas reocupam últimos galpões antigos e investem no sudoeste baiano

O secretário em exercício da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), Paulo Guimarães, acompanhado do ex-secretário James Correia, vai assinar, às 9h da quinta-feira (30), os últimos contratos dos galpões que serão ocupados pelas companhias Lia Line e Renata Mello, na Câmara Municipal de Itapetinga. Todos os 18 galpões industriais, fechados pela Vulcabras/Azaléia, foram reocupados no Sudoeste da Bahia. Em apenas dois dos galpões – em Itati, distrito de Itororó, e em Itapetinga – não funciona uma nova fábrica de calçados, mas uma fundição e uma indústria têxtil.Nos demais 16, distribuídos entre os municípios de Itapetinga, Itororó, Firmino Alves, Itambé, Caatiba, Macarani, Potiraguá, Itarantim, Maiquinique, Ibicuí e Iguaí, se consolida, e cada vez mais se expande, um polo industrial de calçados femininos dominado pelas marcas Lia Line, Bárbara Krás e Renata Mello, todas elas originárias de Santa Catarina, transportando para a Bahia a pujança do Vale do Rio Tijucas, a 70 km de Florianópolis – um dos maiores polos industriais de calçados femininos do país. Além das três novas indústrias calçadistas, a fábrica da Vulcabrás/Azaléia sediada em Itapetinga continua a produzir normalmente, com 5.800 trabalhadores empregados.Instalada na Bahia desde junho de 2013, a Lia Line, do Grupo Irmãos Soares, cuja matriz é em Nova Trento/SC, ocupa seis galpões industriais em Itapetinga, Itororó, Firmino Alves e Ibicuí. A companhia já investiu R$ 16,7 milhões desde que chegou à Bahia, triplicando a produção dos sapatos e sandálias femininas das marcas Lia Line e Sua Cia, essa voltada para o público jovem. Em junho do ano passado, a Lia Line ocupou também os galpões do distrito de Rio do Meio, em Itororó, e de Firmino Alves. Agora, vai começar a produzir em Ibicuí. Ao todo, a empresa já emprega cerca de 1.700 trabalhadores em suas unidades fabris da Bahia. “Estamos apostando na exportação. As novas unidades industriais serão voltadas para o mercado externo, principalmente Europa e América do Sul, embora não descuidemos do nosso excelente mercado regional. Somente na Bahia, nosso principal mercado no Nordeste, estamos em 593 pontos de venda”, destacou o diretor-presidente da empresa, Irivan Soares.

Mão-de-obra valorizada

A ocorrência de uma mão-de-obra qualificada, com experiência na área calçadista, foi um dos fatores que também contribuíram para a rápida expansão da Bárbara Kras – cuja razão social na Bahia é Calçados Itambé. A empresa, cuja matriz é no município de São João Batista/SC, começou a operar em Itambé no início do ano passado e, em setembro, no mesmo município, deu partida à sua segunda linha de produção. Em seguida, abriu três novas unidades industriais: duas em Macarani e uma em Caatiba.

“Ao todo, já são R$ 10 milhões de investimentos na Bahia e a geração de 900 empregos diretos. A nossa meta com as fábricas na região é produzir dez mil pares por dia, com o foco no mercado brasileiro que é muito grande. Nossa fatia de exportação é muito pequena – em torno de 1% – mas queremos aumentá-la. Investir na Bahia é para nós uma oportunidade de crescimento, porque o apetite das nossas consumidoras por moda de qualidade continua muito grande”, diz Adalberto Soares, diretor da Barbara Kras.

Seguindo os passos da Lia Line e da Bárbara Kras, a última marca catarinense do Vale do Rio Tijucas a aportar no sudoeste baiano é o grupo Suzana Santos, que na Bahia irá produzir a linha de calçados femininos Renata Mello. A companhia também responde pelas marcas Suzana Santos, Arts’Brasil e Azillê. A indústria, originária de São João Batista/SC, irá ocupar os galpões de Iguaí, Potiraguá, Maiquinique e Itarantim, com investimentos de R$ 10,2 milhões e geração de 2.500 empregos diretos. Em Itarantim irá funcionar também um centro de distribuição, com área de 4 mil m2, para atendimento aos mercados do Norte/Nordeste. A produção das novas unidades fabris da Bahia irá reforçar o abastecimento do mercado brasileiro, alem de ser exportada para países da América do Sul e Central, Rússia e Filipinas.

“Nossa aposta na Bahia é a do crescimento. Hoje, produzimos 16 mil pares de calçados femininos por dia e vamos dobrar essa produção. Além disso, precisamos estar mais perto das nossas consumidoras. Por causa da distância e da logística complexa, chegamos a demorar 25 dias para entregar um par de calçados. Com as unidades da Bahia, esse tempo cai para quatro ou cinco dias”, aposta Janderson Marchiori, diretor-executivo do grupo Suzana Santos.