Festas Juninas reforçam renda de comerciantes informais
Eles são os primeiros a chegar à Praça Barão do Rio Branco nos dias de festa.
Talvez algumas pessoas não percebam, mas eles são os primeiros a chegar à Praça Barão do Rio Branco, por conta das atividades do Forró Pé de Serra do Periperi. Ao final da tarde, antes de escurecer, quando a praça ainda está vazia, muitos deles já estão lá, montando suas barracas e começando a providenciar os preparativos para que as pessoas, assim que chegarem para assistir às apresentações musicais, já possam encontrar o que comer e beber.
Roberto Brandão, o popular “Cazuza”, monta sua barraca há pelo menos dez anos. Com esposa e quatro filhos, ele sobrevive de seu trabalho como comerciante em festas populares – como o “Carnatal”, o carnaval de Natal, no Rio Grande do Norte, onde já esteve vendendo bebidas. Há algum tempo, tem se restringido a trabalhar em Vitória da Conquista e na região do entorno, onde dá preferência ao comércio de cervejas em lata e as chamadas “bebidas quentes”. No entanto, não tem tido do que se queixar. “Minha renda aumenta cem por cento, melhor do que muito salário. Porque é uma coisa que eu trabalho com amor, que é o mais importante”, assegura. “É uma coisa que me traz um ganho maravilhoso”.
Sobrevivência – A opinião de “Cazuza” é endossada pelo presidente do Grupo de Alimentação Solidária e Popular (GASP), Almir Oliveira, que também mantém sua barraca em que, além de bebidas, vende espetinhos de vários tipos de carne. Oliveira considera importante a Feira de Economia Solidária, por meio da qual pequenos empreendedores têm a oportunidade de comercializar seus produtos – e, segundo ele, com grande apoio da Prefeitura.
“Quando a Prefeitura faz esses eventos, dá oportunidade a diversas famílias de aumentar a renda através da comercialização de diversos produtos”, explica o comerciante. “Se eu for citar aqui o apoio da Prefeitura, é muita coisa, nem vou conseguir falar tudo. Tenho certeza de uma coisa: se a Prefeitura não tivesse colocado o projeto da economia solidária, muitas pessoas não estariam sobrevivendo”, complementa Oliveira.
Aumentar a renda – Outro comerciante que pode ser visto nas festividades municipais é Thaty Roots, especialista nos populares “cravinhos”. Na maior parte do tempo, Roots ganha a vida como promotor de eventos. Durante o Forró Pé de Serra do Periperi – e também no Natal da Cidade, em dezembro –, ele se torna vendedor nos períodos noturnos e adorna sua barraca com motivos jamaicanos e ligados ao universo do reggae, ritmo musical de que é adepto incondicional. “Faço este trabalho para aumentar a renda e também porque, nesta época, não tenho trabalho à noite”, explica o comerciante.