FIEB lança “Trilha Associativa” para fortalecer os sindicatos da indústria
Por: FIEB
Manuela Martinez, gerente de Relações Sindicais da FIEB, fala da importância da capacitação de líderes e executivos para fortalecer o associativismo Foto: Arquivo FIEB
Como foco na aproximação dos sindicatos com empresários da indústria, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) lançou o Projeto Trilha Associativa. Iniciativa realizada em parceria com o Serviço de Apoio às Pequenas Empresas (Sebrae), o projeto é voltado para o fortalecimento do associativismo empresarial e da atuação dos sindicatos da indústria baiana.
Manuela Martinez, gerente de Relações Sindicais da FIEB, explica que a proposta da Trilha Associativa surgiu como uma forma de atender às necessidades dos sindicatos industriais baianos neste momento de pós-pandemia. “O Sebrae nos procurou para fazermos um trabalho em conjunto e foi assim que discutimos e desenhamos esta proposta’, explica.
Focado em quatro eixos – Mentoria, Associativismo Empresarial, Defesa de Interesses e Ciclo de Formação de Jovens Lideranças – o projeto foi iniciado com o Ciclo de Formação de Jovens Lideranças, no último dia 24 de agosto. A presidente do Conselho Jovem da FIEB, Diana Castro, comemorou a iniciativa.
“Acreditamos muito que este ciclo seja importante para a renovação das lideranças dentro das empresas e para a renovação sindical”, Diana Castro, Conselho FIEB Jovem
Presente à abertura do Ciclo de Formação de Jovens Lideranças, Tércio Calmon, coordenador de Indústria do Sebrae, destaca que estimular ações de associativismo e realizar capacitações empresariais focadas em temas específicos é muito importante para o desenvolvimento da indústria da Bahia. “Este ciclo de formação, viabilizado através de uma parceria entre o Sebrae e a FIEB é grande aposta na preparação destes empresários que representam o futuro do nosso estado”, destacou.
De acordo com Tércio, o Sebrae Bahia está muito confiante de que esta ação vai trazer bons resultados para a Bahia e as jovens lideranças.
O objetivo também, como pontuou Manuela Martinez, é aproximar as jovens lideranças da indústria dos sindicatos e da FIEB. “A gente percebe que existe o interesse comum quanto à necessidade de atrair os jovens para que haja renovação dos sindicatos, com a apresentação de novas ideias e formatos”, explica.
Vladson Menezes, superintendente da FIEB, e a presidente do Conselho FIEB Jovem, Diana Castro, participaram do lançamento do Ciclo de Formação de Jovens Lideranças
O Ciclo de Formação de Jovens Lideranças é voltado para empresários da indústria, empreendedores em linha sucessória ou representante de empresa em cargo de gestão com até 42 anos de idade. A aula inaugural da capacitação, que tem duração de oito meses, ocorreu no dia 24 de agosto.
Com dois encontros mensais, o objetivo é desenvolver novas lideranças na indústria, a partir da abordagem de temas como liderança, associativismo, comunicação e relacionamento, gestão e produtividade, ESG, futurismo e desafios globais, além de governança corporativa e familiar.
MENTORIA e ASSOCIATIVISMO
Um programa de mentoria para sindicatos é outro pilar da Trilha Associativa. A proposta é apoiar e prestar consultoria para que os sindicatos possam planejar as ações focadas no fortalecimento e sustentabilidade das instituições. Eles também contarão com um serviço de acompanhamento para que o plano de ação seja efetivamente executado.
Hari Hartmann, presidente do Sindvest-Bahia acredita que a iniciativa de apoiar as empresas em relação ao plano de ação é importante.
“A gente precisa focar nas ações para poder ter resultados e é importante ter este acompanhamento”, Hari Hartmann (Sindvest-BA)
Em outro braço de atuação, os sindicatos vão contar com uma agente de mercado encarregada de visitar as empresas, mostrando qual o papel dos sindicatos e a importância de se buscar a atuação setorial. “Esta é a grande mensagem que a gente quer passar para as empresas: o sindicato é o braço da representação setorial e fundamental para superar os gargalos que entravam o crescimento do setor onde atua”, explica Manuela Martinez.
Na avaliação do presidente do Sindcosmetic, Raul Menezes, este é um dos pontos fortes da Trilha Associativa.
“Um dos maiores entraves para o crescimento do associativismo industrial é a interlocução entre a indústria e seu sindicato representativo. Com o programa e um profissional adequado para fazer esta interlocução, os resultados serão muito mais positivos”, Raul Menezes (Sindcosmetic)
Dentro desse eixo, está prevista também a capitação dos executivos dos sindicatos para que passem a atuar como agentes consultivos das empresas.
O que se busca é fazer com que os executivos estejam preparados para identificar as dores das empresas e propor soluções, sendo mais assertivos no relacionamento com seus associados.
Dentro do eixo Associativismo Empresarial estão também previstas capacitações, tanto em Salvador como no interior do Estado, em que serão abordados temas importantes para que o sindicato possa atuar como agente promotor da defesa dos interesses setoriais. Tudo isso com o apoio de um enxoval de peças de comunicação visual.
DEFESA DE INTERESES
A Trilha Associativa contempla também um aspecto importante que é a defesa de interesses. Para isso, a FIEB disponibilizará, por meio do FEB Atende, um canal exclusivo de atendimento de órgãos fiscalizadores e concessionárias.
A proposta surgiu durante a pandemia, quando foi criado um serviço de atendimento via Whats App para manter a aproximação com as empresas. Por meio deste canal de atendimento, é possível esclarecer dúvidas.
Manuela Martinez explica que a proposta é fazer uma parceria com empresas concessionárias e o setor público para esclarecimento de dúvidas das indústrias. O projeto piloto está sendo realizado com a Neoenergia Coelba. “A gente faz o levantamento das dúvidas e esclarecemos por meio de um ponto focal da Coelba que dá a celeridade ao atendimento da demanda da indústria”.
“Queremos com tudo isso fomentar o espírito associativista nas empresas e fortalecer os sindicatos como um agente de mudança neste movimento que busca fortalecer o ambiente de negócios.
O sindicato é o grande condutor e precisa estar fortalecido para que a indústria possa crescer ainda mais”, finaliza a gerente de Relações Sindicais da FIEB.