idosos representam 20% do poder de consumo do Brasil
Mundialmente, a chamada ‘geração prateada’ movimentou cerca de US$ 15 trilhões somente no ano de 2020
O mês que se comemora o Dia Internacional da Terceira Idade lembra que a população brasileira está envelhecendo rapidamente e deve alcançar mais de 66 milhões de pessoas em 2050. Mas engana-se quem pensa que os mais velhos não são importantes para a sociedade, já que as pessoas com mais de 60 anos representam 20% do poder de consumo do Brasil, de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Mundialmente, a chamada ‘geração prateada’ movimentou cerca de US$ 15 trilhões somente no ano de 2020. No Brasil, estima-se que a cifra foi de R$ 1,8 trilhão, conforme dados da Harvard Business.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que pessoas com 60 anos ou mais representam 14,7% da população residente no Brasil em 2021. Alguns países já têm quase 30% de suas populações com pessoas idosas (acima de 60 anos).
Porém não basta apenas envelhecer com saúde, é preciso buscar também um envelhecimento ativo, explica Leonardo Salgado, médico especialista em Geriatria e presidente da Assiste Vida. “Não basta ter 80 anos e ter uma saúde boa, é necessário ter um envelhecimento ativo. O conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS) que coloca o envelhecimento ativo como meta é você ter um paciente que envelheça, que tenha saúde, mas que ele esteja conectado na sua comunidade”, diz.
“Hoje em dia é muito comum já ser mais velho e ter plena condição de estar trabalhando, participando de decisões na sua comunidade. Porém muitos ainda são excluídos por serem “velhos”, esse é um dos grandes problemas”, esclarece o médico.
Problema do etarismo
Quem nunca ouviu a frase “você não tem mais idade para isso!”? Esse tipo de opinião pode ser classificada como etarismo ou ageísmo, que consiste no preconceito, na intolerância, na discriminação contra pessoas com idade avançada. E esse preconceito parte, muitas vezes, da própria família da pessoa idosa.
“Até pessoas que amam o idoso da sua família, numa ideia de proteger, traz esse preconceito. São pessoas que são afastadas das decisões da família, são afastadas de certas tarefas”, conta Leonardo. O especialista explica ainda que o aumento da longevidade é um fato em todo o mundo e as sociedades vão se preparar para enfrentar os desafios do envelhecimento da população, além de identificar e maximizar seus benefícios.
“É necessário a gente entender que precisamos envelhecer com o máximo de autonomia e independência possível e, para isso, esses idosos precisam estar executando tarefas, precisam estar pensando, participando, ter inclusão dentro da família e da comunidade”, completa o médico da Assiste Vida.
Informações à Imprensa: Comunic.ativa. EMANUELLE PEREIRA/THAIS FIGUEIREDO