Inusitado: Médicos pediatras devem receitar ‘livros’ para a criançada
Campanha fantástica da Sociedade Brasileira de Pediatria orienta que médicos receitem livros para a criançada
Nova campanha da SBP pede que pediatras receitem livros às crianças
– estímulo à curiosidade, imaginação e criatividade
– ajuda a criança a perceber e a lidar com os sentimentos e as emoções
– possibilita à criança conhecer mais sobre o mundo e as pessoas
– auxilia no desenvolvimento do sentimento de empatia, que é a capacidade de colocar-se no lugar do outro
– ajuda a minimizar problemas comportamentais como agressividade, hiperatividade e comportamento arredio- auxilia na boa qualidade do sono
– estimula o desenvolvimento da linguagem oral.
Segundo a SBP, os primeiros anos da vida de uma criança são fundamentais para seu desenvolvimento: “É nesse período que a formação de conexões cerebrais é mais propícia. Além disso, há cada vez mais evidências de que a arquitetura do cérebro é construída a partir das experiências vivenciadas. Por isso, é muito importante oferecer cuidado, afeto e estímulos o mais cedo possível à criança, até mesmo durante a gestação, para que ela possa desenvolver de forma plena habilidades como pensar, falar e aprender”.
Recomendação médica
Presidente do Departamento de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Ricardo Halpern diz que um estudo realizado no Brasil com crianças de 2 anos de idade mostrou que entre os principais fatores de risco para atraso no desenvolvimento estavam questões como ausência de materiais de literatura infantil em casa e de alguém que pudesse contar histórias à criança. “As crianças que não tinham livros em casa e aquelas a quem não haviam sido contadas histórias tinham duas vezes mais chance de apresentar atraso no desenvolvimento. Esse risco foi maior do que ter nascido com baixo peso”, afirma o médico na publicação.
Em 2014, a American Academy of Pediatric (AAP) divulgou uma recomendação para que os pediatras promovam a leitura durante as consultas regulares desde a primeira infância até pelo menos o ingresso das crianças na pré-escola, inclusive com a oferta de livros infantis nos consultórios.
Veja o que a AAP e a SBP sugerem aos pediatras: .
– Informem a todos os pais que ler em voz alta para seus filhos desde o nascimento pode enriquecer o relacionamento e as interações entre pais e filhos, o que aumenta o desenvolvimento social e emocional das crianças e, ao mesmo tempo, constrói circuitos cerebrais que as preparam para aprender as habilidades de linguagem e alfabetização.- Orientem os pais a mostrar as ilustrações para a criança e depois deixar que ela mesma manuseie o livro. Isso enriquece o seu repertório e auxilia no desenvolvimento motor. – Aconselhem a todos os pais que realizem atividades de leitura adequadas ao desenvolvimento de cada criança de forma que sejam prazerosas para os pais e aos filhos e que ofereçam uma rica exposição à linguagem e à escrita.
Na publicação, a entidade orienta também como incluir o estímulo à leitura na prática clínica. Clique aqui e acesse o documento na íntegra.