Mais Médicos cresce 62% na Bahia entre o fim de 2022 e novembro de 2024
Número de profissionais ativos no programa do Governo Federal salta de 1.421 para 2.279 no estado. Eles atuam em 385 municípios e atendem cerca de 5,6 milhões de habitantes.
Fortalecimento da atenção primária à saúde, atenção a municípios com maiores índices de vulnerabilidade e olhar humanizado.
Portanto, desde o início da atual gestão do Governo Federal, o Mais Médicos teve crescimento de 62% na Bahia.
Em dezembro de 2022, havia 1.421 profissionais conectados ao programa.
No início de novembro de 2024, o número saltou para 2.279 médicos ativos e ainda há 67 vagas em processo de ocupação.
BAHIA
Só em 2024, são 498 novos médicos atuando na Bahia.
Entretanto, os médicos atuam em 385 municípios do estado e alcançam cerca de 5,6 milhões de habitantes.
Assim sendo, um dos indicadores do foco nas regiões onde há maior necessidade de atendimento é que 461 dos profissionais na Bahia estão fixados em municípios considerados de muito alta vulnerabilidade e outros 971 estão em regiões de alta vulnerabilidade.
DIVISÃO
Porém, na divisão por gênero, há 1.227 profissionais de saúde do sexo feminino e 1.052 do masculino atuando na Bahia.
Um grupo de 26 médicos trabalha em distritos sanitários especiais indígenas, onde existem ainda seis novas vagas em fase de ocupação.
Entretanto, a faixa etária com maior número de médicos ativos no programa no estado é de 30 a 34 anos, com 573.
Na sequência, há 558 profissionais entre 35 e 39 anos e 409 entre 25 e 29 anos.
Porém, no recorte por raça, a maioria (1,2 mil profissionais) se identifica como pretos e pardos. Na sequência, há 866 identificados como brancos e 180 como amarelos.
“O Mais Médicos não se encerra em si mesmo.
Ele é um meio potente e importantíssimo para viabilizar e fortalecer a Estratégia de Saúde da Família”, afirma Jerzey Timóteo, secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde
O Mais Médicos não se encerra em si mesmo. Ele é um meio potente e importantíssimo para viabilizar e fortalecer a Estratégia de Saúde da Família
JERZEY TIMÓTEO
Secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde
NACIONAL
Entretanto, em âmbito nacional, o Mais Médicos teve um crescimento de mais de 100% entre o fim de dezembro de 2022 e novembro de 2024.
Enfim, eram 12,8 mil no final da gestão anterior e são 26,7 mil atualmente.
Um efetivo que atende mais de 68 milhões de habitantes.
Só em 2024, 6.729 novos profissionais entraram em atividade em mais de 2 mil municípios.
Mas, o número representa mais de 25% do total de médicos ativos, que atuam em 4.412 cidades e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis).
RETOMADA
Em 2023, o programa foi retomado com o conceito de levar profissionais aos municípios distantes dos grandes centros e periferias das cidades.
O Mais Médicos avançou, sobretudo, entre municípios com maior vulnerabilidade social, onde estão 60% dos profissionais.
DISCUSSÃO
Ainda assim, os resultados nos últimos dois anos foram discutidos no Encontro Nacional das Referências do Programa Mais Médicos, no início de dezembro.
O intuito foi, além de dar visibilidade às ações desenvolvidas, mostrar o papel importante que as referências regionalizadas têm para o sucesso do programa.
ELOS
Portanto, as referências e parcerias com estados e municípios são consideradas essenciais.
São elos entre o Governo Federal e o local onde as pessoas efetivamente vivem, formam família e recebem atendimento.
Entretanto, essas parcerias garantem apoio técnico, orientações, mediações de conflitos, acompanhamento e monitoramento das atividades realizadas.
“Com a aproximação entre a gestão federal e as referências regionalizadas, é possível identificar os desafios de cada território e alinhar ações, diretrizes e planos futuros”, disse o diretor do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária, Wellington Mendes Carvalho.
Porém, para ele, o ano de 2025 será para consolidar o trabalho, metas e políticas retomadas desde o início da gestão.
NEGROS, QUILOMBOLAS E INDÍGENAS
Pela primeira vez na história do programa, foi lançado um edital de chamamento com cotas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas.
CURSO E BOLSA
Outro destaque foi a concessão de curso e bolsa-formação de medicina de família e comunidade de R$ 4.000 a 2.700 residentes de medicina de família e comunidade (MFC).
Essa formação prepara o futuro médico de família e comunidade para que ele transmita o conhecimento a novos profissionais em formação, para ampliar a capacidade do país de criar novos programas de residência médica em MFC.
INTEGRAÇÃO
O Ministério da Saúde anunciou, ainda, a integração das formas de provimento do programa, o que garante mais segurança às equipes de saúde e fortalece o atendimento à população.
Com isso, 3,6 mil médicos bolsistas serão efetivados pela Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS), com permanência nos municípios onde já atuam, mantendo o vínculo com a comunidade.