Mercosul unido em luta contra mortes no trânsito
Acordo firmado entre os países do Mercosul busca reduzir as mortes por acidentes de trânsito, após alerta da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) fazer um alerta sobre o crescente número de vítimas no trânsito no bloco. Os jovens são as principais vítimas do trânsito violento e representam 17% do total de mortos em 2013 no Brasil, que totaliza 42.291 pessoas.
A epidemia de mortes no trânsito, como classifica o ministro da Saúde do Brasil, Arthur Chioro, compromete o futuro das novas gerações. “Esse é um compromisso que deve envolver diferentes setores que lidem com a educação, fiscalização, adequação dos equipamentos e a qualidade no atendimento de saúde”, observa.
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No Brasil, as mortes por acidentes de trânsito são de 22,5 por 100 mil habitantes. O país é o segundo no ranking segundo relatório da OPAS divulgado neste ano. O primeiro é a Venezuela, que tem uma taxa de mortalidade de 37,2. Em terceiro vem o Uruguai, com 21,5, seguindo do Paraguai, com 21,4 mortes.
Comparado há 2009, o Brasil, que ocupava naquele ano a quarta posição do ranking, teve um salto de 18,3 óbitos para 22,5 mortes. Venezuela também apresentou crescimento expressivo, sua taxa quase dobrou no período, passando de 21,8 óbitos por 100 mil habitantes, em 2009, para 37,2 em 2015.
Na proporção, as Américas têm mais mortes entre ocupantes de automóveis, com 42%, seguido dos pedestres (23%) e motociclistas (15%). Usuários mais vulneráveis de vias públicas – pedestres, ciclistas e usuários de veículos de duas ou três rodas, figuram, juntos, 41% das vítimas fatais.
Custo
Os custos dos acidentes em todo o mundo chegam a 1,8 trilhão de dólares por ano em todo o mundo. O montante é baseado em levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), que calcula 1,2 milhão de mortos e de 30 a 50 milhões de feridos.
Em cinco anos, as internações de vítimas de acidentes no Brasil cresceram 72,4%. Somente os acidentes com motociclistas tiveram alta de 115%. O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 170,8 mil internações em 2013 por acidente de trânsito que custaram R$ 231 milhões. Somente com o atendimento a motociclistas acidentados, as despesas chegam a R$ 114 milhões.