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Morre neste domingo, Washington Olivetto

Imagem acervo pessoal

Washington Olivetto foi o publicitário brasileiro mais laureado no mundo.

Uma das mentes mais criativas do país, o publicitário e escritor Washington Olivetto morreu neste domingo (13), aos 73 anos, no Rio de Janeiro.

Ele é o criador de personagens como o “Garoto Bombril” e de campanhas como a do primeiro sutiã.

Escritor estava internado no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, para tratar uma infecção pulmonar. Ele morreu em decorrência de uma pneumonia neste domingo (13).

Internação e morte

Há quatro meses o publicitário estava internado no Hospital Copa Star para tratar uma infecção pulmonar.

Segundo a assessoria de Olivetto, ele morreu por volta das 17h15 de pneumonia e choque séptico, que provocou a falência múltipla dos órgãos.

Nesta segunda-feira (14), o corpo será transportado de avião para São Paulo e será velado em uma cerimônia restrita a amigos e familiares. O local e o horário ainda não foram divulgados.

Paulista de 73 anos

Descendente de italianos, Olivetto nasceu em setembro de 1951 na capital paulista, onde foi criado pela mãe, uma dona de casa, e o pai, vendedor de tintas.

Aos 17 anos, entrou para o curso de publicidade da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). No ano seguinte, iniciou sua trajetória profissional como redator de uma agência publicitária.

Ainda em seu primeiro ano de atuação no mercado, conquistou um dos prêmios mais importantes para os profissionais da área, o Leão de Bronze do Festival de Publicidade de Cannes.

No final da década de 70, já experiente no ramo da publicidade, criou o “Garoto Bombril”, personagem clássico da propaganda brasileira e um de seus maiores feitos.

Campanha emblemática

Mais tarde, em 1987, ele lançou outra campanha premiada, que se tornou marca da publicidade da época: a do Primeiro Sutiã, para a Valisère, em que uma adolescente comprava sua primeira peça íntima e que tinha como mote “O primeiro sutiã a gente não esquece”.

Em entrevistas, Olivetto sempre disse que esta foi uma campanha “emblemática”.

Durante a carreira de sucesso, recebeu diversas estatuetas e homenagens, que foram desde títulos em universidades a menções em músicas de Jorge Ben Jor — “Alô, Alô W/Brasil”, diz o trecho em referência à empresa de Olivetto.

Autor

Em sua trajetória, também se descobriu autor, escrevendo oito obras sobre a própria carreira e peças publicitárias que havia criado.

Em 2017, se mudou para Londres, no Reino Unido, mas vinha ao Brasil com certa frequência para participar de palestras e cuidar de seus negócios.

Sequestro

A fama internacional também teve lado negativo. Em 2001, foi sequestrado perto de sua casa, em Higienópolis, na região central de São Paulo, por um grupo de chilenos e argentinos, que planejaram a ação ao longo de 10 meses. Somente após 53 dias, Olivetto se viu livre do cativeiro.