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Novembro Azul chama a atenção dos homens: Câncer de Próstata

 

 

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens brasileiros, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no ano passado foram diagnosticados mais de 61 mil novos casos da doença – que registrou quase 14 mil mortes. Ainda assim, o índice de sobrevida desse tipo de câncer chega a 96% e se apóia fortemente no diagnóstico precoce. Daí a importância de campanhas como Novembro Azul – que estimula homens com mais de 50 anos a fazerem anualmente exames de toque e PSA.

 

Com o intuito de orientar e esclarecer a população masculina no grupo de risco, o Diário do Sudoeste da Bahia procurou o Dr. Walmick Correia, tradicional médico do Andro Hospital Urológico e que coordena um grupo completo de especialistas no assunto.

 

 Dr. Walmick Correia – CRM-BA 3785 – Foto Neto Smichts

 

Nós perguntamos: Dr. Walmik, o exame de toque retal ainda é um tabu entre os homens?

Dr. Walmik: “Podemos dizer que sim e não. Hoje em dia os jovens que procuram o exame urológico já tem consciência de que serão submetidos a um toque retal porque as informações veiculadas na mídia mostram os riscos que o câncer de próstata pode causar a saúde do homem e, provavelmente com medo de que isso lhes aconteça no futuro, eles têm nos procurado uns mais precocemente outros mais tardiamente, mas sempre procuram seu urologista. Daí a importância de campanhas informativas como o Novembro Azul que objetiva mudar a resistência dos homens em relação à ida ao médico para a realização de exames preventivos em geral.

Sinceramente não tenho tido dificuldade de fazer toque retal nos pacientes que nos procuram porque ao examiná-los sempre explico os problemas que poderão advir com a doença e tento ao máximo mostrar a eles que o toque retal é um exame simples e rápido. Muitas vezes eles mesmos se espantam e exclamam: “Já?” ou “O exame é só isso?” Porque fazem tanta fantasia do exame de próstata que quando eles são submetidos ao mesmo veem que é uma coisa simples e então os preconceitos vão diminuindo, eles saem satisfeitos com os resultados, voltam no ano seguinte para novas avaliações e vão passando essas informações para os mais velhos esses sim um pouco mais resistentes à realização do toque retal, muito por conta da criação machista a que foram submetidos desde a infância.

Mas a nossa realidade hoje é outra. A gente hoje já tem feito o exame de toque retal numa grande quantidade de pacientes a partir dos 40 anos de idade porque eles querem saber se tem a doença mais precocemente para ter a oportunidade de fazer um tratamento menos agressivo e com maiores chances de cura.

DS: O toque retal concebe um diagnóstico preciso ou deve ser completado por quais outros procedimentos?

Dr. Walmik: “O toque retal é o exame que permite ao urologista delimitar o tamanho da glândula prostática, avaliar a consistência dessa glândula e a possível presença de nódulos endurecidos na superfície da mesma. Muitas vezes pelo toque retal não é possível detectar nódulos porque quando um tumor é muito pequeno ele pode estar dentro da glândula prostática sendo difícil sua percepção pelo toque.

Através do toque retal é possível observar uma próstata aumentada, endurecida, com múltiplos nódulos e isso geralmente em exames realizados tardiamente. Em exames realizados precocemente você não encontraria esses nódulos por isso, hoje complementamos os exames com um preventivo urológico prostático onde você tem além do toque retal o marcador prostático que é uma enzima produzida pelas células da próstata chamada PSA – Antígeno Prostático Especifico, detectado através de um exame de sangue. Esse antígeno avalia o quanto de enzima essa próstata está produzindo e com o aumento dessa enzima a gente tem conseguido detectar tumores de próstata. Não é um exame 100%, evidentemente não é um marcador 100%, mas ele nos ajuda muito na sequencia da investigação do diagnóstico do paciente.

A partir de um toque retal alterado ou de valores elevados de PSA, solicitamos uma ultrassonografia da próstata ou uma ressonância magnética multiparamétrica onde nós podemos ver se apróstata tem pequenos nódulos. Por fim, ao identificar os nódulos solicitamos uma biópsia da glândula que consiste na retirada de fragmentos da próstata para análise de anatomia patológica e só então, com todos esses resultados em mãos, fechamos o diagnóstico do paciente.

 

DS: O câncer de próstata pode ser evitado?

Dr. Walmik: “Infelizmente não se evita um câncer de próstata, o que se faz é diagnosticar precocemente esse tipo de câncer.

Um paciente com histórico familiar: avô portador de câncer de próstata, pai portador de câncer de próstata, tios ou primos portadores de câncer de próstata possivelmente terá câncer de próstata porque a história familiar genética dele já fala isso então, quando ele procura o médico precocemente ele já está fazendo uma prevenção para que se descubra o mais cedo possível se ele terá câncer de próstata ou não. Se com um histórico familiar desses aos 45/50 anos o paciente começa a fazer seus exames preventivos e o médico já detecta alterações no PSA ou a ressonância magnética já apresenta áreas de captação suspeita quando se biopsia a glândula possivelmente já se diagnostica o câncer, isso é o que tem acontecido ultimamente nos pacientes com esse histórico familiar.

Quando se identifica o câncer precocemente o médico tem condições de indicar as melhores condições de tratamento. Inicialmente faz-se uma prostatectomia radical, cirurgia para retirada total da glândula prostática juntamente com a vesícula seminal, onde todos os órgãos suspeitos são retirados e já é possível constatar que muitos pacientes se curam apenas com a cirurgia. A partir de então esses pacientes precisam fazer um acompanhamento porque você tem uma linha aí de um paciente de 45/50 anos que provavelmente vai ter mais 40 anos de vida pela frente, mas que precisa continuar a fazer investigações urológicas semestrais porque sem controle pode haver uma recidiva bioquímica e esse paciente ter um câncer de próstata lá na frente então, nós não podemos perder de vista se esses pacientes estão bem e eles também precisam se conscientizar e continuar visitando regularmente o seu medico assistente”.

DS: Quais conselhos o senhor daria para os homens acima dos 45 anos de idade?

Dr. Walmik: “O melhor conselho que eu posso dar é que a partir dos 45 anos de idade os homens procurem seu médico urologista e se ele tem histórico familiar quanto mais precocemente ele procurar o seu médico mais chances de tratamento terá. Então, se o paciente tem um histórico familiar que indique que ele provavelmente vai ser acometido por um câncer de próstata porque esperar mais 10 anos pra fazer um exame?

É importante conscientizar esses homens de que quanto mais precocemente eles fizerem seus exames preventivos mais precocemente serão diagnosticados e tratados para que possam ser curados e acima de tudo ter uma melhor qualidade de vida. Os homens precisam se conscientizar que cuidar da saúde também é coisa de homem e que não só as mulheres precisam fazer exames preventivos ou de acompanhamento.

Nós, enquanto médicos e os formadores de opinião em geral, precisamos desmistificar o exame do toque retal e mesmo aquele paciente que não queira se submeter ao toque deve procurar seu médico para avaliar os níveis de PSA ou realizar uma outra investigação, mas na maioria das vezes o que vejo no consultório são homens conscientes da necessidade do toque retal embora este também não seja 100% do diagnóstico pelo menos na fase inicial, contudo é um exame que delineia os limites da glândula para que se tenha melhores condições de avaliá-la e por isso é tão importante para o diagnóstico”.

DS: É muito importante que o senhor oriente os homens, sobre como devem proceder, em quais sintomas?

Dr. Walmik: “Muitas vezes o câncer de próstata não tem sintomas por isso a consideramos uma doença silenciosa. Em 95% dos casos quando o paciente nos procura sem ter histórico familiar ele já chega ao consultório num estágio avançado da doença.

Nesse estágio o paciente começa a ter certa dificuldade miccional, começa a levantar mais vezes à noite para urinar, pode apresentar um jato urinário mais fino ou interrompido indicando assim certos sintomas de prostatismo, o que nem sempre significa câncer de próstata.

Pacientes assim em geral chegam ao consultório sem saber se na família alguém teve câncer de próstata ou quando ele nos procura com esses sintomas que podem ser um indicador de câncer nem sempre se apresentam como fato.

É importante ressaltar então, que pacientes com certo grau obstrutivo de próstata nem sempre tem câncer sendo ainda mais imprescindível a conscientização masculina da importância da visita regular ao seu médico urologista e da realização de exames preventivos”.;

O Dr. Walmik finaliza a entrevista dizendo que “é importante ressaltar que no Brasil o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.

Com números tão expressivos, segundo dados do INCA cerca de 69 mil novos casos de câncer de próstata são diagnosticados por ano no Brasil, os homens precisam saber o câncer da próstata acontece quando as células deste órgão começam a se multiplicar de forma desordenada e por isso, quanto mais precocemente for detectado, maiores as chances de cura, pois o tratamento impede justamente que essas células cancerosas se espalhem por outros órgãos provocando as metástases.

Como já foi dito anteriormente, o câncer de próstata não apresenta sintomas na sua fase inicial. Quando os sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já se apresentam avançados por isso é imprescindível a realização dos exames preventivos. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos devem procurar seu urologista para realizar o toque retal e exames complementares”.

 

 

O Andro Hospital Urológico possui em seu corpo clínico mais de 30 médicos cadastrados em diversas especialidades. São profissionais altamente qualificados que escolheram as instalações para realizar tratamentos, consultas, exames, internamentos e intervenções cirúrgicas.

O corpo clínico do Andro Hospital Urológico é um dos pilares que fazem do hospital uma instituição respeitada e de referência na região. Isso porque, esse conceituado grupo médico cumpre suas atividades de maneira ética e eficaz no que diz respeito ao tratamento dos seus pacientes, apresentando alto nível de resolução aliado ao calor humano e respeito ao ser humano.

Para fazer parte do corpo clínico do Andro Hospital Urológico, os profissionais da área de saúde precisam passar por um processo de cadastramento. Nesse processo é necessário atender rigorosamente às exigências do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina de Bahia (CREMEB) tudo isso para garantir a melhoria contínua do atendimento e consequentemente a segurança e a excelência dos serviços prestados.

 

Especialidades atendidas no Andro Hospital: Anestesiologia, Angiologia, Cardiologia, Cirurgia do Aparelho Digestivo, Cirurgia Geral, Cirurgia Oncológica, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Torácica, Dermatologia, Endocrinologia, Fisioterapia, Gastroenterologia, Ginecologia e Obstetrícia, Hematologia, Mastologia, Neurologia Clínica, Nutrição, Oncologia, Ortopedia, Proctologia, Psicologia, Radiologia, Reumatologia e Urologia.