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Conquista registra 1.178 casos de violência contra a mulher

AGOSTO LILÁS: Vitória da Conquista já registrou 1.178 casos de violência contra a mulher em 2024.

Advogada explica por que mulheres ainda temem denunciar violência.

Lianne Soares, coordenadora do curso de Direito da Faculdade Anhanguera, destaca a importância das leis e do reforço das políticas públicas voltadas à prevenção da violência contra mulheres.

Dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania apontam mais de 32 mil casos de violência contra a mulher no estado da Bahia até o mês de agosto deste ano.

O Agosto Lilás é uma campanha que foi estabelecida pelo governo brasileiro em 2022, definindo este mês como o de conscientização sobre o combate à violência contra a mulher.

A iniciativa foi estabelecida por meio da Lei Maria da Penha.

E, a escolha de agosto se deu porque, neste mês, foi instituída a lei que completa 18 anos.

Maria da Penha se tonou referência no combate à violência contra a mulher no Brasil.

A campanha procura conscientizar a população para reprimir casos de violência contra a mulher no País.

Nos últimos anos o número de casos de violência doméstica contra mulheres no Brasil tem crescido exponencialmente.

Desde o início do ano, de acordo com dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o estado da Bahia registrou 33.426 casos de violência contra a mulher.

Mas apenas 4.830 mil denúncias foram feitas.

Neste cenário, estão entre as principais violências a física, doméstica, sexual, psicológicas, patrimonial e moral.

Em Vitória da Conquista foram registrados 1.178 casos e apenas 176 denúncias.

A advogada e coordenadora do curso de Direito da Faculdade Anhanguera, Lianne Soares, aponta que o medo de denunciar ainda é um grande obstáculo para muitas mulheres.

Dependência financeira e afetiva, falta de conhecimento sobre seus direitos e vergonha de se afastar do agressor.

Ele enfatiza que as leis, como a Lei Maria da Penha, desempenham um papel crucial para combater a violência e empoderar as vítimas.

“A Lei Maria da Penha, que completa 18 anos neste mês, é um marco importante para dar voz e proteção às mulheres agredidas.

Com mudanças significativas, a lei fortaleceu a proteção às vítimas de violência, incluindo atendimento especializado e preferencial, criminalização da violação da intimidade e descumprimento de medida protetiva.

Novas garantias foram acrescentadas, como o direito ao atendimento do Delegado de Polícia, posicionamento rápido do juiz, ressarcimento pelo Estado e prioridade em matrículas escolares.

Uma conquista na luta contra a cultura machista e em favor do combate à violência contra a mulher”, salienta a advogada.

A docente destaca que, por meio da Lei Maria da Penha, vidas que seriam perdidas passaram a ser preservadas.

E mulheres em situação de violência doméstica e familiar ganharam direito a proteção, fortalecendo a autonomia das vítimas.

“Com isso, criou mecanismos de atendimento humanizado às mulheres vítimas, agregando valores de direitos humanos à política pública e, ainda, contribuindo para educar toda a sociedade”.

Para a advogada, além da aplicação das leis vigentes no Brasil, em especial a Lei Maria da Penha, a melhor resposta para mudar o cenário de violência doméstica e familiar contra a mulher, é a prevenção.

“É preciso reforçar as políticas públicas para impedir que a violência com essas mulheres continue acontecendo em todo o país.

Concomitantemente, é preciso cuidar da capacitação das mulheres para que sejam economicamente independentes e haja educação sobre igualdade de gênero.

Seja na escola, nas comunidades ou nas empresas públicas ou privadas, para todas as pessoas”, ressalta.

Por fim, Lianne incentiva denunciar os casos de violência. “O isolamento ou o silêncio não são as melhores ferramentas de soluções.

É importante que a vítima procure familiares ou profissionais para buscar ajuda. Além disso, os telefones 180 (Central de Atendimento à Mulher) e 190 (Polícia Militar) são dois meios de denunciar. 

Sobre a Anhanguera  

Fundada em 1994, a Anhanguera oferece educação de qualidade e conteúdo compatível com as necessidades do mercado de trabalho por meio de seus cursos de graduação, pós-graduação, cursos Livres, preparatórios, com destaque para o Intensivo OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); profissionalizantes, nas mais diversas áreas de atuação; EJA (Educação de Jovens e Adultos) e técnicos, presenciais ou a distância, visando o conceito lifelong learning, no qual proporciona acesso à educação em todas as fases da jornada do aluno. São mais de 15 mil profissionais e professores entre especialistas, mestre e doutores.  

Além disso, a instituição presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola, na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas.

A Anhanguera tem em seu DNA a preocupação em compartilhar conhecimentos com toda a sociedade a fim de impactar positivamente as comunidades ao entorno das instituições de ensino.

Para isso, conta com o envolvimento de seus alunos e colaboradores a partir de competências alinhadas às práticas de aprendizagem e que contribuem para o desenvolvimento do País.  

Com grande penetração no Brasil, a Anhanguera está presente em todas as regiões com 106 unidades próprias e 1.398 polos em todos os estados brasileiros.   

Por Deiwerson Damasceno dos Santos -Vice-Presidência de Gente, Cultura e Comunicação – Comunicação Institucional da Anhanguera