O “GREVE” ESTADO DA “GRAVE”

É paralização ou paralisia?

A “arma” do desemprego é um currículo na mão, sem “pistolão”!

É um re“tiro” na mira de um feriadão…

Agora é lei! Irrevogável! O dia de greve não poderá ser outro! Tem que ser sempre na quarta-feira! Se for sexta, vira feriado antecipado; se for segunda, fica prolongado; se for terça, enforcamos a segunda; se for quinta, estrangulamos a sexta e mandamos ela para os quintos… Antes de protestar contra ou em favor de determinadas leis, de qualquer governo, convém adotar esta, urgente e severa: quarta feira e ponto final!

Com tanta coisa para se protestar, será preciso protestar até um protesto?!

Quem vai levar a sério um povo que se mani-festa por algumas horas e decreta uma parada ao dia inteiro, sendo, ainda, uma sexta-feira, às vésperas de um feriado, previamente agendado, logo na segunda, somando-se, portanto, 3 dias para o “esquecimento” de quem traz a “vaga lembrança” de pertencer a uma nação com memória de elefante “branco”?

A mani-festa-ção só não é nociva porque é motivo de festa – não de alegria! E festa é com a gente mesmo! Se é festa, parece que “bebemos” tanto que saímos pelas calçadas, caindo, batendo nas coisas e quebrando tudo… Quem vai pagar o prejuízo do quebra-quebra de um povo quebrado? Quem vai esquentar a cabeça com isso, se ela doer? Quá! Na ressaca da segunda, a gente vê… Mas, segunda, é feriado nacional: Dia do Trabalhador! Ah! Ninguém é de ferro… Se fosse, a gente não “quebrava”…

No Brasil, em dia de paralização, o número de pessoas que vai às ruas é menor que o número de desempregados que passam todos os dias da semana no olho da rua. Estes, para não darem “viagem perdida”, batendo em porta fechada, com o currículo “enrolado”, ficam paralisados… Em greve, dá trabalho procurar emprego! Outros, aproveitam a folga e viajam para outro país.

EDMILSON SANTANA, aos 28 de abril de 2017.