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Operação Lava Jato: cidades baianas cancelam festas juninas

Lava Jato: cidades da Bahia cancelam ou adiam São João por falta de patrocínio da Petrobras

A cidade de Entre Rios teve seu filho Luiz Argôlo preso pela Lava Jato

A sanfona só vai roncar na cidade de São Gonçalo dos Campos (a 108 km de Salvador) daqui a um mês. Sem recursos para bancar a festa de São João, o prefeito resolveu inovar: adiou os festejos para a segunda quinzena de julho, quando o cachê dos artistas de forró está em baixa, segundo informa nesta sexta-feira o jornal Folha de São Paulo, em matéria de João Pedro Pitombo.

Com Orçamento estrangulado, estragos causados pela seca ou pela chuva e queda drástica no patrocínio da Petrobras, cidades nordestinas cortaram os gastos com uma das maiores festas populares da região. Comemorado em 24 de junho, o dia de São João chega a durar um mês.

Agora, os dias de shows foram reduzidos e, em ao menos 20 cidades nordestinas, em Estados como Bahia, Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Sergipe, nem festa haverá.

“Filho Ilustre” – É o caso de Entre Rios, que tem uma das festas mais tradicionais do norte da Bahia. O município que viu seu filho ilustre, o ex-deputado Luiz Argôlo (SD), ser preso na operação Lava Jato, não obteve patrocínio da Petrobras.

Em nota, o prefeito Fernando Madeirol (PSD) alegou perda de receitas e o ajuste fiscal para cancelar a festa. “Se fosse realizada, comprometeria o pagamento dos servidores e os serviços de saúde e educação”, disse. Em Amargosa, no recôncavo baiano, a prefeitura cortou o investimento em 30%, para R$ 1,4 milhão. A festa costuma triplicar a população da cidade, de 50 mil habitantes.