Operação Lava Jato: cidades baianas cancelam festas juninas
Lava Jato: cidades da Bahia cancelam ou adiam São João por falta de patrocínio da Petrobras
A cidade de Entre Rios teve seu filho Luiz Argôlo preso pela Lava Jato
A sanfona só vai roncar na cidade de São Gonçalo dos Campos (a 108 km de Salvador) daqui a um mês. Sem recursos para bancar a festa de São João, o prefeito resolveu inovar: adiou os festejos para a segunda quinzena de julho, quando o cachê dos artistas de forró está em baixa, segundo informa nesta sexta-feira o jornal Folha de São Paulo, em matéria de João Pedro Pitombo.
Agora, os dias de shows foram reduzidos e, em ao menos 20 cidades nordestinas, em Estados como Bahia, Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Sergipe, nem festa haverá.
“Filho Ilustre” – É o caso de Entre Rios, que tem uma das festas mais tradicionais do norte da Bahia. O município que viu seu filho ilustre, o ex-deputado Luiz Argôlo (SD), ser preso na operação Lava Jato, não obteve patrocínio da Petrobras.
Em nota, o prefeito Fernando Madeirol (PSD) alegou perda de receitas e o ajuste fiscal para cancelar a festa. “Se fosse realizada, comprometeria o pagamento dos servidores e os serviços de saúde e educação”, disse. Em Amargosa, no recôncavo baiano, a prefeitura cortou o investimento em 30%, para R$ 1,4 milhão. A festa costuma triplicar a população da cidade, de 50 mil habitantes.