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Outubro Rosa: uma cor de esperança

 

 

Em sua décima edição, a campanha nacional Outubro Rosa 2017 visa conscientizar pacientes com câncer, bem como seus familiares, amigos e colegas sobre a importância de munir-se de informação e participar ativamente da tomada de decisões no enfrentamento da doença.

Todo ano, diversos países ao redor do mundo pintam-se de rosa, no mês de outubro e nos lembram da importância da prevenção ao câncer de mama. O movimento Outubro Rosa surgiu nos anos 1990, nos Estados Unidos, onde vários estados realizavam ações referentes ao câncer de mama, nesse mês.

A causa tem conquistado, cada vez mais, a comoção e mobilização social, dada a gravidade da doença – segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, o câncer de mama é o segundo mais frequente no mundo e o primeiro entre as mulheres, atingindo 22% da população feminina global, a cada ano e causando 522 mil mortes anuais, conforme o Instituto Oncoguia.

 

Como identificar? – O câncer de mama inicia-se, geralmente, com um tumor na mama, podendo atingir a axila e outros órgãos – o que chamamos de metástase. É raro em mulheres abaixo de 35 anos e com incidência progressiva, após essa idade e em especial após os 50 anos. O início dos exames ocorre aos 35 anos, com uma primeira mamografia, dita de base, que será utilizada como comparativa a exames futuros.

Contudo, a mamografia não é a principal forma de detecção e prevenção da doença – segundo pesquisa de 2016, do Instituto Nacional de Câncer (INCA), 66,2% das descobertas da doença ocorrem pelas próprias pacientes, ao notarem alguma alteração na mama.

Realizar o auto exame é fundamental, pois a doença não apresenta sinais em sua fase inicial, o que dificulta sua detecção precoce. Quando surgem, os sintomas abrangem nódulo – fixo e geralmente indolor, pele da mama avermelhada, retraída ou com aparência de casca de laranja, alterações no mamilo e saída de líquido anormal das mamas.

Não se pode esquecer que, quanto antes o câncer é identificado, maiores são os índices de cura. Portanto, é importante seguir as orientações do auto exame mensal – realizado, de preferência, no mesmo dia do mês, para que as mulheres se familiarizem com suas mamas – e da mamografia de rotina, a cada dois anos, em mulheres com idade entre 50 e 69 anos.

Quando se fala em câncer de mama, pensa-se em detecção precoce. Assim, pode-se proporcionar a cura da doença. Nesse sentido, ações como a mamografia, o auto exame e exames clínicos podem contribuir para o sucesso do tratamento.

 

E como eu me protejo?

Diversos são os fatores de risco para o desenvolvimento da doença: Fatores endócrinos: menarca, primeira menstruação, precoce e menopausa tardia, devido ao longo período de exposição aos hormônios e terapia de reposição hormonal pós-menopausa. Fatores ambientais: obesidade, ingestão de bebidas alcoólicas e radiação ionizante. Fatores genéticos e hereditários: mutações genéticas e histórico de câncer de mama na família, principalmente, em idade jovem.

Embora vários desses fatores não sejam modificáveis, podemos prevenir a doença, agindo no que está ao nosso alcance e estimulando os fatores protetores. Assim, controlando o peso corporal – por meio de uma alimentação saudável e da prática de exercícios físicos – e evitando o consumo de bebidas alcoólicas, estamos lutando contra essa doença, que impacta milhares de mulheres.

Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física, é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama, segundo o Instituto Nacional de Câncer. Outro fator de proteção para a doença é a amamentação, que faz bem, não só ao bebê – como já sabemos, mas também à mamãe.

 

Tenho a doença. E agora?  Com a evolução da medicina e a crescente conscientização sobre a doença, ao redor do mundo, vivenciamos um cenário esperançoso. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, o exame de mamografia é cada vez mais frequente no país e assim, tem-se diagnosticado a doença, em fases mais precoces. Hoje, a maioria dos diagnósticos no Brasil não são mais em fases avançadas, o que aumenta muito as chances de cura.

Contudo, não podemos esmorecer nessa luta, que venceremos apenas quando todas as mulheres, na faixa etária indicada, tiverem fácil acesso a exames de mamografia de qualidade, uma vez ao ano.

A doença não deve ser encarada como um bicho de sete cabeças. A mulher é detentora de uma força maravilhosa, capaz de transformar situações ruins em impulsos para continuar a caminhada. O sucesso do tratamento depende de um conjunto de ações fundamentais – o comprometimento do médico, o apoio da família e a autodeterminação de vencer.

No próximo dia 19, celebra-se o Dia Internacional do Câncer de Mama. A data lembra-nos de cuidar de nossa saúde e da saúde de quem a gente ama..

Essa abordagem amplia o pensamento crítico, analítico e autônomo do paciente, estimulando que participe das decisões referentes ao seu diagnóstico e tratamento. Além disso, oferece condições para reivindicar uma assistência em saúde efetiva, que atenda plenamente suas necessidades. A informação é uma ferramenta para assumir o controle.

A iniciativa estende-se a todos que convivem com os pacientes, uma vez que um diagnóstico de câncer pode afetar o relacionamento social, familiar e profissional. O dia a dia com a doença traz diversos desafios. Por isso, é importante que os envolvidos sejam protagonistas nessa jornada, cientes de todas as possibilidades e capazes de reconhecer quando algo lhes é negligenciado.
A campanha promove ainda uma mobilização online pela aprovação de alguns projetos de lei que tramitam na câmara, para que se tornem de fato direitos que beneficiarão milhares de pacientes com câncer.  A campanha conta com hotsite, quizz, vídeo, mobilização online, conteúdo para mídias sociais e materiais gráficos. Para participar, visite www.pacientesnocontrole.org.br.