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Pai herói

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São muitas as histórias sobre a origem das homenagens aos pais. A mais antiga delas vem da Babilônia, há quatro mil anos, quando um jovem chamado Elmesu teria moldado um cartão de felicitação em argila, desejando saúde, sorte e uma longa vida ao seu pai, o rei Nabucodonosor. Nos Estados Unidos, a figura de William Jackson Smart, um ex-combatente da Guerra Civil Americana – que perdeu a esposa e teve de criar os seis filhos pequenos – remonta às comemorações realizadas em junho. Na religiosa nação portuguesa, o Dia dos Pais é comemorado em 19 de março, data em que a Igreja celebra o dia de São José, pai de Jesus Cristo e esposo da Virgem Maria. No Brasil, a data começou a ser comemorada em 1953 em razão de uma campanha de entidades de imprensa que promoveram um concurso para homenagear três tipos de pais: o mais jovem (16 anos), o mais velho (98 anos) e com o maior número de filhos (31!). Passou então a ser comemorado o Dia dos Pais em 16 de agosto, dia de São Joaquim, pai da Virgem Maria. Posteriormente a data mudou para o segundo domingo de agosto.

Histórias à parte, o Dia dos Pais tem um significado importante para as famílias. A conduta de um pai é o maior legado que deixa para os filhos. Içami Tiba, grande médico e educador, que nos deixou órfãos na semana passada, dizia que a maioria dos problemas psíquicos dos adolescentes podia ser atribuída ao imaturo comportamento de seus pais, que viviam uma espécie de “adultescência”.

Dentro da família, a figura paterna representa segurança e controle dos limites, tendo uma valiosa chance de transmitir bons valores por meio da educação. No campo profissional, são inúmeros os casos de jovens que buscam semelhanças com os pais, seguindo carreiras idênticas. Os bons exemplos devem ser seguidos. Nada melhor do que ter, no próprio seio familiar, alguém que possa orientar e refletir sobre os problemas e soluções para que os filhos sigam pelos caminhos corretos no mar caótico que se transformou a estrada da vida.

*Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do CIEE, presidente do Conselho Diretor do CIEE Nacional e Presidente da Academia Paulista de História.