Prefeito do Prado nega que não tenha atendido reivindicações do MST
Após a ocupação da sede administrativa do município do Prado, no início da manhã desta terça-feira (10), o Prefeito João Alberto Viana Amaral, o ‘Jonga’ (PCdoB), afirmou que parte das reivindicações, comprometidas à época da primeira ocupação, em 10 de janeiro de 2011, à exato um ano atrás, já foram atendidas.
O prefeito disse que o compromisso previa que muitas das providências ocorressem até o final do seu mandato. Também frisou o fato de não ter sido procurado, antes da ação de ocupação, que considerou desnecessária e muita agressiva. “Durante o período de verão é que muitas famílias tiram seus sustentos, para sobreviver ao longo de todo o ano. A paralisação dos serviços administrativos municipais e o reflexo da ocupação podem pesar negativamente para o turismo, principal segmento na geração de emprego e renda do município”, afirmou.
O prefeito está hoje Brasília, onde tem agendada a assinatura de convênios para o município. Até seu retorno, na próxima sexta-feira, 13, a Prefeitura do Prado deve permanecer ocupada por trabalhadores rurais do MST.
Liderança do MST afirmam trabalhadores vão participar de passeata pelas ruas do Prado
A liderança dos trabalhadores do Movimento dos Sem-Terra afirmou que os ocupantes vão se mobilizar em passeata pelas ruas da cidade, na manhã desta quarta-feira (11), a fim de explicar os motivos que levaram ao conflito social e, por conseguinte, resultou na ocupação da sede administrativa do município.
Trabalhadores vão às ruas
Welton Pires dos Santos, um dos líderes do movimento na região do extremo sul da Bahia, afirmou que, durante toda a tarde desta terça-feira, estiveram reunidos reavaliando as reivindicações a serem exigidas da administração municipal, para que os trabalhadores levantem acampamento da ocupação.
Coordenador do MST no extremo sul da Bahia afirma que podem permanecer por semanas
Evanildo dos Santos, coordenador do Movimento dos Sem-Terra no extremo sul da Bahia, pontuou que os ocupantes estão preparados para permanecer, por semanas, acampados na Prefeitura Municipal do Prado, enquanto as reivindicações não forem atendidas, dentre as quais, estão melhorias e reformas em escolas e postos de saúde dos assentamentos, além da regularização nos atendimentos de médicos e outros profissionais de saúde.