Professores decidem por não aceitar proposta da PMVC
Dando continuidade a Campanha Salarial 2013 o Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (SIMMP) realizou a Assembleia Ordinária de maio para expor aos docentes a contraproposta apresentada pelos representantes da Prefeitura Municipal.
Após ampla discussão a categoria deliberou por não acatar a proposição formulada pela Prefeitura, sobretudo por não existir uma proposta concreta para os pontos do Termo de Repactuação das Relações de Trabalho que tratam das políticas pedagógicas do município. “A proposta feita pela Prefeitura não modifica em nada a nossa realidade. Existem várias questões, como por exemplo, o tempo de estudo dos professores que trabalham nos anos iniciais do ensino fundamental, que nunca foram contemplados. O governo vive ilegal e nos calarmos agora seria ser conivente com isso, coisa que nós, professores do município nunca fizemos”, explica o docente Márcio Freudenthal, do Ciclo do Capinal.
O repasse mínimo proposto pelo executivo também não foi aprovado pelos docentes, pois o reajuste de 7,99% apenas segue o que é garantido pela Lei do Piso, e não representa nenhum esforço por parte da Prefeitura para a valorização da classe. “O que eles estão oferecendo simplesmente o que já é lei, isto não é necessário negociar. Então é necessário que se faça este movimento. A educação precisa ser valorizada e isso perpassa pela valorização salarial dos profissionais”, afirmou a professora Janete Dias, da Escola Municipal Maria Leal.
O vice-presidente do SIMMP, Adair Souza, acredita que a assembleia dos professores municipais continua demonstrando grande maturidade, sobretudo no que diz respeito às decisões tomadas. “A proposta do governo não foi bem acolhida, pois não houve nenhum avanço nas questões pedagógicas. Outra questão é que o índice de reajuste proposto pelo executivo é o que o MEC atribui e está na legislação, então é o mínimo possível que o município teria que aplicar para garantir a progressão na carreira. Um índice inferior haveria um achatamento da tabela e o descumprimento da Lei do Piso”, destacou.
Sobre os próximos direcionamentos da campanha, o vice-presidente afirma que “a categoria está mobilizada no sentido de lutar para garantir os direitos e avançar nas questões pedagógicas e econômicas. Agora será encaminhado ao governo a negativa da categoria e a solicitação de uma nova audiência para continuarmos as negociações”.