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Profissionais da Educação fazem manifestação nas ruas

No quarto dia da 16ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, os Profissionais da Educação da rede municipal de ensino de Vitória da Conquista suspenderam as atividades escolares e realizaram uma manifestação em frente ao fórum. A paralisação faz parte do calendário proposto pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, que convocou uma greve em todos os estados e municípios do país.

O objetivo da manifestação em frente ao fórum foi chamar a atenção das autoridades para o descumprimento da lei 11.738/2008, do piso nacional do magistério, pela prefeitura municipal. Esta não respeita o tempo de planejamento dos professores, que continuam com uma carga horária excessiva em sala de aula.

Com cartazes nas mãos e utilizando carros de som, os trabalhadores demonstraram toda a indignação com o descaso dos gestores municipais que, apesar dos belos discursos, na prática não oferecem uma educação de qualidade. As creches, inclusive, padecem com esse descaso, pois, os monitores não são valorizados, recebem salários indignos e estão com sobrecarga de trabalho.

“Eu acho fundamental que a categoria se una para reivindicar seus direitos, principalmente no que se refere a lei do piso, que vem sendo descumprida pelo município desde 2008. Nós temos um prejuízo porque o tempo do planejamento, que é essencial para a prática educativa, não é respeitado. A gente precisa que a prefeitura e a justiça se mobilize para que essa lei seja cumprida. Nós precisamos do tempo adequado de planejamento até para melhorar a qualidade do ensino e também a nossa qualidade de vida, porque acabamos fazendo esse planejamento a noite, nos finais de semana, em horários inadequados”, observou a professora Marivane de Jesus, da Escola Municipal Maria Rogaciana.

 “Nós viemos lembrar a justiça que lei 11.738/2008 descumprida insistentemente pela PMVC, lei que poderá garantir a qualidade da educação, porque ela determina o tempo de estudo e aprofundamentamento dos profissionais da educação. Nós já demos entrada em um processo e esperamos celeridade da justiça, no sentido de dar um retorno aos profissionais da educação da nossa cidade. Não adianta pensar que nós vamos mudar o país, diminuir a violência, melhorar a qualidade de vida, sem o investimento necessário na educação”, reforçou a presidente do SIMMP, Geanne Oliveira (foto).

Após o movimento na Praça João Mangabeira, o grupo se dirigiu à Praça Nove de novembro, onde se juntou a outros sindicatos da cidade que também protestavam contra a precarização das condições de trabalho.

Ainda durante a atividade, a diretoria do sindicato entregou à categoria as camisas da Campanha Salarial 2015, cuja mobilização está apenas começando.