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Que tipo de ciumento você é?

Saiba que tipo de ciumento você é

 Você se considera ciumento? Você tenta não controlar os passos do outro, não duvidar de sua fidelidade, não bisbilhotar e-mail, celular e redes sociais do parceiro… mas no fundo, que não é tão fundo, você se morde de ciúmes? Então, chegou a hora de identificar qual é o seu grau de ciúmes. Você está preparado para essa descoberta?

Para os ciumentos de maneira geral, sentir ciúmes significa uma forma de amor, de cuidado com o outro. Para quem não sente, trata-se de um sinal de fraqueza e de uma demonstração de dependência. Opiniões à parte, sabe-se que controlar o ciúme é essencial para ter um relacionamento duradouro.

De acordo com pesquisa recente da Universidade de Sunderland, na Inglaterra, os brasileiros lideram a lista dos mais ciumentos do mundo. Esse resultado só ocorre devido o aspecto cultural do brasileiro, que enxerga o ciúme como uma prova de amor, aponta o estudo. Para os norte-americanos, por exemplo, que estão em segundo lugar no ranking, esse sentimento é visto como sinal de vulnerabilidade e dependência.

O psicólogo Rodrigo Correa, que atende por vídeo-consulta pelo Zenklub, diz que ciúme não é saudável. Ele conta que, em 30% dos casos atendidos, o ciúme estava atrapalhando a vida de seus pacientes. “Culturalmente, o jeito que estamos acostumados a nos relacionar é um mecanismo de posse; e a estrutura do ciúme é isso: você acredita que o outro é a sua propriedade. Se houver o convencimento de que a outra pessoa não é minha, o ciúme deixa de existir”, explica.

Baseado nos três níveis de ciúmes que Freud explica – o normal, o projetado e o delirante –, distinguimos três perfis de ciumentos que você, talvez, possa identificar em si mesmo e/ou em pessoas ao seu redor:

Ciumento Zeloso – Esse ciumento traz consigo um sentimento que confunde ciúmes com zelo. Seria um ciúme equilibrado. Nesse caso, a pessoa quer cuidar e estar perto, sem sufocar o parceiro, mas acaba limitando a liberdade dele. Segundo a psicóloga Nara Doné, que também atende por vídeo-consulta pelo Zenklub, o ciúme e o zelo estão separados por uma linha muito tênue. Para o psicólogo Rodrigo Correa, por sua vez, o zeloso é o mais difícil de ser combatido por se tratar de um “inimigo” que se mantém escondido, que cria estratégias de controle sobre o outro disfarçadas de cuidado.

Ciumento Artificial – A pessoa tem ciúmes do parceiro, mas sabe disfarçar muito bem e nunca demonstra. Não dá “ataques” de ciúmes em público, daqueles que geram vergonha no casal, mas acumula o sentimento por tanto tempo que, em um certo momento, explode e causa uma enorme confusão. O psicólogo Rodrigo Correa acredita que a melhor forma de o enfrentar, quando revelado, é confrontando o ciumento, afinal, afirma o profissional, se não houvesse quem tolerasse o ciúme, ele não existiria.

Ciumento Paranoico – É aquele que inventa situações inexistentes achando que a pessoa está a traindo de alguma forma. Tem absoluta certeza de que está sendo traído, mas não tem provas evidentes. A partir daí, passa a seguir o parceiro, vive em função de investigar o outro, trazendo problemas para a sua própria rotina. Está distante da autoconfiança; tem a autoestima abalada, medo de perder o outro; e não se sente capaz ter outro relacionamento.

Segundo Nara Doné, quando o ciúme se torna patológico, ele começa a se abastecer de delírios da imaginação da pessoa ciumenta. Muitas vezes, ela não tem consciência ou não percebe a dimensão disso. “Ou o ciumento não consegue ter relacionamentos duradouros. Ou ele se envolve com pessoas ciumentas iguais a ele, pois, assim, os dois se entendem e aceitam esse tipo de comportamento”, destaca a profissional.

O ciumento paranoico interpreta sinais que são imperceptíveis aos demais, como tentativas de traição. Por exemplo: encostar casualmente na pessoa ao lado, olhar na direção em que há outra pessoa etc. É importante lembrar que, em qualquer um dos casos, a conversa com um profissional pode ajudar a melhorar as percepções e consequentemente as decisões do ciumento. O autoconhecimento é fator-chave para identificar as situações em que o ciúme pode se tornar uma ameaça para a sua vida e a melhor maneira de alcançá-lo é contando com a ajuda de um psicólogo. Para quem não tem tempo ou coragem de encarar longas distâncias para aproveitar uma sessão de terapia, o Zenklub disponibiliza mais de 100 profissionais online, que atendem por vídeo-consulta em um ambiente totalmente seguro. Basta um computador com acesso à internet e pronto, o ciúme pode ser compartilhado com um profissional capacitado e pronto para ajudar.