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Reforma Política precisa ampliar participação popular

No debate ocorrido durante a sétima reunião da Comissão Extraordinária para Discussão/Análise da Reforma Política, realizada com participação de dirigentes partidários convidados, o deputado Zé Raimundo (PT), membro titular do colegiado, defendeu mudanças estruturais na política brasileira, principalmente no que se refere a facilitar os mecanismos de participação popular nas decisões. Caso isso não ocorra, avalia, há o grande risco de que a população o próprio o faça.
“Precisamos interpretar os protestos que vem acontecendo no mundo, eles estão nos dizendo que há uma necessidade de inovar e reinventar os modelos democráticos vigentes”, argumentou o deputado, alertando em seguida que a centralidade da reforma política na discussão no Congresso Nacional deve ser a valorização da política e da participação popular.
Ele também defendeu o financiamento público de campanha, uma das bandeiras do PT, que lançou em Salvador, na última segunda-feira (15), a campanha nacional em defesa da reforma política, com o slogan “Um novo Brasil, uma nova política”. Além do financiamento exclusivamente público das campanhas eleitorais, o partido elegeu como eixos prioritários o voto em lista preordenada; o aumento da participação popular e a maior participação das mulheres na vida pública.
Na comissão criada pela Assembleia Legislativa com o objetivo de debater e  organizar as idéias sobre a reforma política para  enviar proposta ao Congresso Nacional, Zé Raimundo teve aprovada a proposta de convidar professores da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal para ampliar a discussão e contribuição. A comissão já ouviu juristas e começou a debater com dirigentes partidários, nesta primeira fase com a participação de quatro partidos com representação na Assembleia, dentre os quais o PT, representando pelo presidente Jonas Paulo.
O presidente do PT na Bahia também frisou a importância de um sistema político mais democrático, que represente melhor os segmentos da sociedade e ajude o país a ultrapassar os entraves ao desenvolvimento social e econômico. “Se queremos que a política seja verdadeiramente reformada, é preciso que haja sim o financiamento de campanha pelo poder público. Devemos discutir essa questão de uma forma clara, mediana, da mesma forma que devemos debater a questão partidária. Defendemos com muita garra o financiamento público e o voto em lista, pois a democracia brasileira corre riscos”, afirmou Jonas Paulo.

Joana D’Arck / DRT-BA 1280