Simpósio aborda doença com alta prevalência na região
13/6/2016
por Patrick Moraes
Com alto índice de prevalência na região Sudoeste da Bahia, a epidermólise bolhosa tem despertado a atenção de discentes e docentes da Uesb. No último sábado, 11, o Núcleo de estudos e atendimento multidisciplinar aos portadores de epidermólise bolhosa congênita do Sudoeste da Bahia e a Liga Acadêmica de Dermatologia Clínica e Cirúrgica (Labecc) promoveram o 1º Simpósio sobre Epidermólise Bolhosa do Sudoeste da Bahia, no campus de Vitória da Conquista.
O objetivo do evento foi trazer esclarecimentos sobre a doença para profissionais, estudantes da área de saúde, bem como pacientes e familiares. Membro da Labecc e estudante de Medicina, Danilo Nascimento reforçou a importância do conhecimento sobre a doença para um melhor cuidado. “A Universidade é construída no tripé, onde nós temos a pesquisa, o ensino e a extensão. A extensão, no caso, comporta esse evento, que tem como objetivo divulgar informações sobre essa doença e os cuidados que devem ser tomados”, expõe Nascimento.
A epidermólise bolhosa
Segundo a professora Sandra Mara Bispo, a epidermólise bolhosa é uma doença genética rara, mas que conta com registro de, aproximadamente, 40 casos na região de Vitória da Conquista, alto índice se comparado às taxas mundiais. “Essa é uma doença hereditária e congênita da pele. No Simpósio, serão abordados aspectos de genética, dermatologia, nutrição, os cuidados com a enfermagem, a parte de Pediatria envolvendo a Gastroenterologia. Além disso, haverá uma mesa com uma discussão multidisciplinar sobre a doença”, explica Bispo.
Entendendo que o cuidado com o portador da doença deve ser feito a partir de um entendimento multidisciplinar das características da epidermólise bolhosa, o Seminário trouxe para discussão essa contribuição das diversas áreas. “Essa é uma doença que, além das manifestações cutâneas, que são bem evidentes, ela cursa com um comprometimento sistêmico importante, que é o responsável, muitas vezes, pelo alto número de óbitos. Não há como abordar o cuidado ao portador de epidermólise bolhosa sem essa visão, sem esse compromisso multidisciplinar”, aponta a professora Maria Esther Ventin, coordenadora do Simpósio.
As discussões aconteceram pela manhã e pela tarde do sábado, com intervenção de profissionais das mais distintas áreas da saúde, alertando sobre as principais formas de proporcionar cuidados que possibilitem a participação em sociedade, com o mínimo possível de limitações, das pessoas que possuem a doença. “Esse é um dos papeis da Universidade, essa contribuição para a comunidade”, ratifica Ventin.
Assessoria de Comunicação da UESB
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Simpósio abordou doença com alta prevalência na região por Patrick Moraes | ||
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