SMS alerta para os riscos de acidentes com queimaduras nas fogueiras juninas
Entres as tradições das festas juninas, o manuseio de fogos de artifício e as fogueiras são os que mais causam acidentes por queimaduras.
O número de ocorrências atendidas, inclusive pelo Samu 192 e unidades hospitalares, aumenta muito nesta época do ano.
As queimaduras ocorrem bastante na hora de acender as fogueiras ou no momento de acender os fogos de artifício diretamente na fogueira, é o que diz a coordenadora e enfermeira do Samu 192 Regional, Graciele Tavares. “Fogos de artifícios em geral, principalmente as bombas e rojões, às vezes não dá tempo de a pessoa soltar e acaba estourando na mão. Já tivemos algumas amputações traumáticas de dedo e mão, por conta dessas explosões, inclusive em crianças que manusearam fogos que não eram adequados para a idade delas”.
A dermatologista e médica da família e da comunidade da Atenção Básica, Larissa Menezes, também explicou que os acidentes mais comuns são as queimaduras de 1º e 2º grau que atingem mãos e braços, mas que também podem acontecer na face e nos olhos. Com menor frequência, também podem ocorrer as queimaduras de 3º grau, que geram consequências mais graves, como amputação do membro e até mesmo a cegueira.
Nesses casos, a primeira medida é realizar compressas frias, de preferência com toalhas úmidas sobre o membro afetado, por várias vezes. “Essa medida pode ser feita em queimaduras de 1º grau que atinge apenas a epiderme, quando a lesão fica vermelha e com pequena sensibilidade no local. Já nos casos de queimaduras de 2º grau, que atingem a epiderme e a derme e que além da vermelhidão, ocasionam bolhas e dor intensa no local, devem ser realizadas compressas com pano frio, uso de pomadas tópicas como a sulfadizina de prata e analgésicos. É importante avaliar o tamanho da área acometida, pois em lesões extensas e na face, deve-se procurar o serviço de urgência e emergência”, orientou Larissa.
Ainda de acordo com a médica, nos casos de queimaduras de 3º grau, em que a pele fica branca ou carbonizada (escura), atingindo todas as camadas da pele e terminações nervosas e a pessoa não sente dor, deve-se buscar imediatamente os serviços de urgência e emergência.
Todo cuidado com fogo é pouco!
A prevenção deve começar no momento da compra dos fogos de artifícios. A pessoa deve se certificar de que o local está autorizado para venda, prazo de validade dos produtos e observar a faixa etária de quem vai utilizá-los.
Na hora de manusear, é preciso procurar um lugar arejado longe da vegetação e da rede elétrica. “O ideal é não soltar fogos de artifícios perto de crianças e, se esse for o caso, a criança deve ter sempre um adulto por perto para ajudar na manipulação”, ressaltou a médica.
Outra orientação importante é não apontá-los na direção onde haja pessoas circulando e evitar olhar diretamente para os fogos que estão demorando a estourar.
A Defesa Civil também alerta que é preciso ter cuidado com as fogueiras, que devem ser pequenas e montadas longe de produtos inflamáveis, pois fagulhas podem atingir as residências e gerar incêndios.