Nesta sexta-feira, lideranças conquistenses voltam a se mobilizar: ViaBahia na pauta
O irrequieto empresário José Maria Caires, Presidente do Movimento Conquista Pode Voar Mais Alto que culminou com a inauguração do Aeroporto Glauber Rocha em 23 de julho último, volta a articular a sociedade civil organizada, desta feita visando a duplicação da Br 116, Rodovia Rio Bahia, no trecho Candido Sales – Jequié.
Em julho, o jornal Diário do Sudoeste da Bahia publicou matéria de autoria do empresário, dando conta da arrecadação que a Concessionária ViaBahia, administradora do trecho já havia arrecadado o valor superior ao preço orçado da obra e ela ainda nem havia saído do papel.
O Deputado Federal João Roma, em pronunciamento na Câmara dos Deputados em Brasília, questionou inclusive o silencio da empresa e dos órgãos de controle e fiscalização governamentais que deixam esse estado de coisas correr à revelia sem nenhuma providência.
A Câmara de Vereadores local, sem nenhum sucesso, realizou diversas sessões para tratar do assunto, mas a concessionária apenas goza dos benefícios da legislação e se mantém em completa omissão e silencio.
“Os problemas causados pela Viabahia vão além dos transtornos em Valéria”, critica João Roma
O deputado federal João Roma voltou a criticar a Viabahia,
responsável pela administração das BRs 324 e 116 no estado. O parlamentar se
juntou ao prefeito ACM Neto (DEM) na crítica à concessionária por conta dos
constantes alagamentos e transtornos causados à população de Valéria que reside
às margens da BR-324, em especial na localidade conhecida como Terracom, e
ressaltou que os problemas provocados pela empresa vão além.
Segundo Roma, há trechos das rodovias em que a Viabahia executou apenas 6% das
intervenções exigidas no contrato de concessão. Em outros trechos, a
concessionária nem iniciou obras previstas e que deveriam ser entregues no ano
passado. “Nestas duas rodovias federais, temos diversos outros transtornos
causados a quem trafega por elas, como os congestionamentos, buracos, pistas
irregulares”, frisa.
Ele voltou a questionar os contratos de concessão, devido aos sucessivos
descumprimentos. “Além dos atrasos em obras de duplicação, temos a falta de
manutenção adequada em diversos pontos das rodovias. A concessão tem a
finalidade de melhorar a prestação do serviço, o que não vem ocorrendo nas BRs
116 e 324”, enfatizou.
Para Roma, os problemas nestas rodovias prejudicam, há anos, diversos setores
da sociedade baiana. “Os prejuízos são imensos: as viagens se tornam mais
demoradas por causa dos congestionamentos; os carros podem ser danificados por
conta das irregularidades na pista; e a economia perde, pois aumentam os custos
para quem depende das rodovias para o escoamento da produção”, explica.
O parlamentar lembrou, ainda, que o atraso nas obras de duplicação de trechos
da BR-116, que já gerou até uma ação ajuizada pelo Ministério Público Federal
(MPF) e uma multa de R$ 5 milhões por danos morais coletivos determinada pela
Justiça contra a concessionária.