“Sou oposição porque não existe transparência na atual gestão municipal”, diz Marcus Vinícius
O vereador Marcus Vinícius (PODE) usou a tribuna da casa, na manhã desta quarta-feira, 04, durante a Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Vitória da Conquista, para fazer alguns esclarecimentos.
Ele começou falando sobre o comentado caso de assédio ocorrido na Uesb – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
Segundo ele, a universidade arquivou o processo, mas que o mesmo está em fase de conclusão pela polícia civil e que em breve a sociedade terá uma resposta adequada.
Sobre os radares, citados pelo vereador Valdemir Dias (PT),ele disse que está sendo assim porque a prefeitura não tem transparência e que por ele se declara, atualmente, oposição à atual administração municipal.
Relacionado ao projeto que trata do pagamento do piso da enfermagem, o vereador disse que é importante contar com a casa, “mas procurar quem realmente pode resolver os problemas”.
Falou sobre a emenda que a categoria solicitou e que a comissão colocou no projeto e afirmou que na próxima sessão todos os 21 vereadores estarão votando a favor.
Valdemir Dias pede investigação de contratos da Prefeitura
Durante o seu pronunciamento na Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Vitória da Conquista realizada na manhã desta quarta-feira, 4, o vereador Valdemir Dias (PT), líder da Bancada de Oposição, alertou para a necessidade de que a Prefeitura tenha seus contratos investigados. De acordo com o parlamentar faltam explicações convincentes para a falta de licitação nas contratações do Executivo.
“Por que não há licitação nessa Prefeitura? Os contratos são sempre por inexigibilidade ou por dispensa de licitação. Há algo muito estranho nisso que essa Casa precisa investigar”, apontou Valdemir. “Nós estamos cobrando, falando dos contratos vultuosos que a Prefeitura tem feito, em sua maioria sem licitação”, emendou.
Valdemir citou o exemplo mais recente, a Muralha Digital, que virá para substituir os radares de velocidade, o que deixará a operação R$ 4 milhões mais cara. “Mais um contrato da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista sem licitação, essa questão da Muralha Digital. O contrato com a Tivic era de R$ 1,5 milhão e agora está se fazendo um contrato de quase R$ 6 milhões”, detalhou. “Nossa Prefeitura não tem capacidade de fazer licitação? Por que está pegando uma carona numa licitação de uma Prefeitura do Pará? A Prefeitura tem técnicos suficientes para fazer licitação”, apontou Dias. “Por que está sendo feito isso? Por que o contrato era de R$ 1,5 milhão e agora está passando a quase R$ 6 milhões? São razões que a gente desconhece, que a gente tem que buscar aqui nessa Casa”, disse o líder da Oposição cobrando investigação.
Para Valdemir, há uma grande disparidade entre Vitória da Conquista e a cidade paraense onde a licitação ocorreu. “Não existe um contrato de R$ 6 milhões pegando carona numa Prefeitura lá do Pará em vez de fazer uma licitação aqui. Que garantia ela tem de que essa prestação de serviço é mais barata do que se fizesse uma licitação aqui? Qual a garantia? Nenhuma!”, denunciou. “Por que está pegando essa carona em uma Prefeitura com menos de 170 mil habitantes? Nós temos quase 400 mil habitantes em Vitória da Conquista”, alertou.
Segundo Valdemir, é preciso fazer uma investigação para encontrar as respostas. “São essas as perguntas que a gente faz. Por que não há licitação nessa Prefeitura? Há algo muito estranho nisso e essa Casa precisa investigar”, concluiu.
Chico Estrella defende Sheila Lemos: “respeita o trabalhador”
Já o vereador Chico Estrella (Agir) defendeu o Governo Sheila Lemos das acusações de ter mandado tarde o projeto que autoriza o Executivo Municipal a pagar o Piso da Enfermagem. “Um governo para o povo, que respeita o servidor, respeita o trabalhador”, apontou ele.
Estrella acusou os vereadores petistas de estarem buscando prejudicar o governo nos bastidores ao fazerem emendas ao Projeto de Lei. “Fui convocado para uma reunião de última hora em que estava presente uma comissão da Enfermagem. Dentre as pautas dessa reunião estava em primeiro lugar retirar da urgência o PL da Enfermagem e colocar o projeto para votação em duas sessões. Foi uma reunião em que eu participei e estavam presentes a vereadora Márcia Viviane e o vereador Alexandre Xandó. Fui chamado junto com o vereador Ricardo Babão e talvez se não tivéssemos nessa reunião o projeto de vocês teria ido para votação em duas sessões”, disse. “Há, sim, o interesse do Partido dos Trabalhadores em fazer a politicagem baixa e rasteira e não deixar que esse projeto venha para a Casa, para que vocês se manifestem contra a prefeita Sheila Lemos, que tem responsabilidade com a coisa pública”, completou Chico Estrella.
Para o parlamentar o interesse do PT é colocar os profissionais da Enfermagem contra o Governo. “É inadmissível incitar uma categoria que tem os seus direitos, que está lá com o dinheiro já em conta depositado pelo Governo Federal. Ninguém pode contestar o direito que tem a Enfermagem de receber os seus salários”, avaliou Chico.
Ele contou que, na reunião propôs que o projeto não tivesse emendas a fim de dar maior celeridade à sua tramitação e que os problemas encontrados fossem resolvidos com alterações posteriores à sua aprovação. “Disse na reunião: vamos votar o projeto do jeito que está. Futuramente discutiremos alterações, temos capacidade para isso. Quanto mais rapidamente esse projeto for aprovado, mais rapidamente estará no bolso do enfermeiro, que não será utilizado como massa de manobra pelo Partido dos Trabalhadores que querem, a qualquer custo, desestabilizar o governo da prefeita Sheila Lemos e usa de uma categoria para fazer isso”, ponderou Chico Estrella.